https://repositorio.ufba.br/handle/ri/18020
Campo DC | Valor | Idioma |
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dc.contributor.advisor | Machado, Eduardo Paes | - |
dc.contributor.author | Azevedo, Letícia Rodrigues de | - |
dc.creator | Azevedo, Letícia Rodrigues de | - |
dc.date.accessioned | 2015-08-04T18:24:48Z | - |
dc.date.issued | 2015-08-04 | - |
dc.date.submitted | 2015-05-14 | - |
dc.identifier.uri | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18020 | - |
dc.description.abstract | O presente trabalho busca conhecer a experiência de vitimização e repercussões do sequestro relâmpago, procurando uma compreensão sobre as interações que permeiam o evento vitimógenoe suas características como delito. Para cumprir o desafio, estudamos o fenômeno a partir de quatro objetivos específicos: caracterizar os eventos de sequestro relâmpago; analisar as vitimizações secundárias; compreender a influência do sequestro relâmpagono curso de vida e saúde das vítimas; e conhecer as repercussões nos familiares das vítimas.O estudo possui um desenho metodológico qualitativo, com entrevistas individuais, guiadas por roteirossemi-estruturados. Participaram da pesquisa 35 vítimas, quatro familiares e quatro ofensores cujas entrevistas geraram dados posteriormente triangulados com reportagens de jornais e observações de campo realizadas na delegacia e na penitenciária. O sequestro relâmpago manifesta-se, ainda na década de 1990, como uma modalidade de violência criminal cujas vítimas são submetidas a um enquadramento coercitivo e mantidas reféns dentro do veículo. Firma-se como um delito moldado pela realidade das cidades cada vez mais ajustadas à sociedade do consumo, e seus objetivos são em grande parte instrumentais, voltados à aquisição material e financeira. Os episódios são geridos majoritariamente por ameaças à integridade física, mas podem ser compostos por violências mais expressivas, particularmente as sexuais, denotando mais um mecanismo de reprodução da violência de gênero. Ofensores e vítimas desenvolvem um contrato coercitivo-cooperativo que rege suas expectativas e atitudes, propondo uma transação na qual há conversão dos bens obtidos em garantia de integridade física das vítimas. A maioria das vítimas coopera, aderindo ao contrato e negociando seus termos. Elas “trabalham a mente” dos ofensores e tentam criar empatia. O não cumprimento do contrato pelos ofensores ou a ausência de um que assegure minimamente a intenção instrumental do delito pode implicar em tentativa de reação e fuga por parte da vítima. Após a vitimização, o ex-refém geralmente percorre um itinerário de reparação e cuidados que começa pela delegacia de polícia e pode ou não prosseguir por outros órgãos públicos ou empresas – judiciário, seguradora do veículo, estabelecimento onde ocorreu a captura, etc. Raramente se recorre a serviços de saúde pois não há o “dano ao corpo”. Nestes espaços, é recorrente a exposição a vitimizações secundárias. As vítimas engajam-se em mecanismos de enfrentamento como resposta à vitimização. Elas engendram defesas e criam seus próprios “manuais de segurança” para protegerem a si e aqueles com quem compartilham laços afetivos. Familiares e amigos são fundamentais na co-construção de novos sentidos e ressignificação da experiência. As crenças religiosas e a necessidade de se retomar as obrigações da vida, como o trabalho e o cuidado com a família também mobilizam ao enfrentamento contínuo da vitimização. Nesse processo, os próprios familiares sofrem vitimização indireta, apresentando,muitas vezes, repercussões semelhantes às da vítima direta e ansiedade atrelada à possibilidade de perda do familiar sequestrado. Isto os impulsiona a reconfigurar a própria concepção de mundo e relação com o ente amado, pois a vida fica “marcada”. | pt_BR |
dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | - |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.subject | Sequestro Relâmpago | pt_BR |
dc.subject | Interação Coercitiva | pt_BR |
dc.subject | Vítimas | pt_BR |
dc.subject | Vitimização Secundária | pt_BR |
dc.subject | Vitimização Indireta | pt_BR |
dc.subject | Enfrentamento | pt_BR |
dc.subject | Lightning Kidnapping | pt_BR |
dc.subject | Coercive Interaction | pt_BR |
dc.subject | Victims | pt_BR |
dc.subject | Secondary Victimization | pt_BR |
dc.subject | Indirect Victimization | pt_BR |
dc.subject | Coping | pt_BR |
dc.title | Do medo de morrer ao medo no viver: um estudo sobre o sequestro relâmpago e suas vítimas. | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.embargo.liftdate | 10000-01-01 | - |
dc.contributor.referees | Noronha, Ceci Vilar | - |
dc.contributor.referees | Almeida, Odilza Lines de | - |
dc.contributor.referees | Orozco, Rafael Andrés Patino | - |
dc.publisher.departament | Instituto de Saúde Coletiva-ISC | pt_BR |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva | pt_BR |
dc.publisher.initials | ISC-UFBA | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.subject.cnpq | Saúde Coletiva | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Tese (ISC) |
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