Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Mota, Clarice Santos | - |
dc.contributor.author | Silva, Gabriela dos Santos | - |
dc.creator | Silva, Gabriela dos Santos | - |
dc.date.accessioned | 2018-07-11T18:11:45Z | - |
dc.date.issued | 2018-07-11 | - |
dc.date.submitted | 2017-09-01 | - |
dc.identifier.uri | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26482 | - |
dc.description.abstract | O novelo gênero, raça e classe constituem uma chave explicativa privilegiada para compreender a produção das desigualdades e iniquidades sociais, sobretudo, se considerarmos aspectos estruturais e dinâmicos que permeiam esses elementos nos processos de dominação a serviço do capitalismo, do patriarcado e do racismo. Tal enovelamento e seus desdobramentos tem impactado na vida das mulheres negras com doença falciforme de diferentes formas. Na saúde, esse processo se expressa nas políticas, programas, serviços de saúde e práticas de cuidado, destacando-se para efeitos deste estudo o âmbito da saúde reprodutiva. Ele intervém também nas experiências de socialização, uma vez que os discursos relacionados com as pessoas com doença falciforme ainda se encontram recheados de estereótipos e discriminações de classe, de raça e de gênero. O estudo teve como objetivo compreender qual a percepção de mulheres negras com doença falciforme acerca de direitos reprodutivos e questões raciais, a partir da discussão do conteúdo de um programa de triagem populacional voltado à identificação de pessoas com traço ou doença falciforme. O referido programa de triagem populacional não foi implementado na cidade de Salvador graças à mobilização e denúncias de movimentos sociais. Contudo, seu discurso além de resgatar práticas outrora utilizadas pela ciência eugênica, ainda ecoa em práticas e discursos na sociedade, especialmente no campo da saúde. Trata-se de um estudo qualitativo exploratório, sob a perspectiva feminista e antirracista. Adotou como estratégias metodológicas a análise documental e entrevistas em profundidade com dez mulheres negras com DF, com idades variando entre 20 e 49 anos de idade, moradoras de bairros periféricos e populares, oriundas de famílias de baixa renda. O material produzido por ambas as fontes foi analisado à luz da análise de discurso de Michel Foucault. A construção dos discursos acerca da trajetória convivendo com doença falciforme denota marcas no percurso de toda uma vida. Essas trajetórias indicam a maneira de viver, como lidar com o corpo e a dinâmica das relações sociais, assim como o estar no mundo, a realidade concreta e singular de cada pessoa. Os discursos das interlocutoras deste estudo demarcam o espaço que ocupam enquanto mulheres negras com doença falciforme. Assim, evidenciam situações relacionadas ao sofrimento, quando sentem que o cuidado à saúde é negligenciado. Em muitas dessas vivências, a indiligência dos direitos reprodutivos era a fonte causadora de sofrimento, tanto pela maneira como profissionais de saúde compreendem esses direitos das mulheres com doença falciforme, quanto pelos impactos subjetivos e psicológicos ao escolher exercer a maternidade. Além disso, constatou-se a relação do programa de triagem populacional com estratégias eugênicas, com foco nas questões de classe, raça e gênero. A luta pela atenção à saúde de qualidade das mulheres negras com doença falciforme é um desafio, devido a tantas mazelas que perpassam suas vidas. A luta passa, necessariamente, pela concretização das políticas do Sistema Único de Saúde, no combate todas as formas de desigualdades sociais, raciais e de gênero, contribuindo para dar fim a cultura de violência e subalternidade das mulheres negras. | pt_BR |
dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.subject | Doença falciforme | pt_BR |
dc.subject | Saúde da população negra | pt_BR |
dc.subject | Racismo | pt_BR |
dc.subject | Mulheres negras | pt_BR |
dc.subject | Direitos reprodutivos | pt_BR |
dc.title | Por você ser negra e pobre, tem esse direito negado: um estudo sobre direitos reprodutivos de mulheres negras com doença falciforme em Salvador | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.embargo.liftdate | 10000-01-01 | - |
dc.contributor.advisor-co | Trad, Leny Alves Bomfim | - |
dc.contributor.referees | Barbosa, Maria Inês da Silva | - |
dc.contributor.referees | Cordeiro, Rosa Cândida | - |
dc.contributor.referees | Trad, Leny Alves Bomfim | - |
dc.publisher.departament | Instituto de Saúde Coletiva | pt_BR |
dc.publisher.program | Programa de Pos Graduação em Saúde Coletiva | pt_BR |
dc.publisher.initials | ISC-UFBA | pt_BR |
dc.publisher.country | brasil | pt_BR |
dc.subject.cnpq | Saúde Coletiva | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Dissertação (ISC)
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