Avaliação tomográfica da crista zigomática alveolar para ancoragem ortodôntica em padrões esqueléticos vertical e sagital

Abstract

O objetivo deste estudo foi avaliar as medidas tomográficas da crista zigomática alveolar para a inserção de dispositivos de acoragem temporária em indivíduos com diferentes padrões esqueléticos no sentido vertical e sagital. As medidas foram analisadas em quatro regiões da crista de 67 pacientes acima do primeiro molar superior: um corte no longo eixo da raiz mesiovestibular, dois cortes que passam pelo centro da furca, um corte no longo eixo da raiz distovestibular . Em cada um desses cortes foram realizadas cinco medidas da espessura da crista zigomática alveolar, com uma diferença de 1 mm entre elas. O padrão esquelético sagital foi determinado pelo ângulo ANB e o padrão esqueleto vertical pelo ângulo SN.GoGn. Foi encontrado uma tendência de a crista zigomática alveolar ser mais espessa na área de furca, diminuindo gradativamente na direção apical. Os pacientes do gênero masculino de Classe I apresentaram uma menor espessura estatisticamente significante na área de furca em relação aos pacientes de Classe II e Classe III. Não houve diferença entre diferentes padrões esqueléticos verticais. Pacientes do gênero masculino portadores de Classe I requerem maior cautela durante a inserção de dispositivos de ancoragem temporária para evitar complicações como a perfuração do seio maxilar.

The Purpose of this study was to evaluate the tomographic measurements of the infrazygomatic crest for placement of temporary anchorage devices in individuals with different vertical and sagittal skeletal patterns. The measurements were analyzed in four regions in the crest of 67 patients above the maxillary first molar: A slice in the long axis of the mesiobuccal root, two slices passing through the center of the furcation, a slice in the long axis of the distobuccal root. In each of these slices five measurements of the thickness of the infrazygomatic crest were performed, with a difference of 1 mm between them. The sagittal skeletal pattern was determined by the ANB angle and the vertical skeletal pattern by the SN.GoGn angle. There was a tendency of the infrazygomatic crest to be thicker in the furcation area, decreasing in the apical direction. Class I male patients presented a statistically significant lower thickness in the furcation area in relation to Class II and Class III patients. There was no difference between different vertical skeletal patterns. Male Class I patients require more caution during the insertion of skeletal anchorage devices in order to avoid complications such as maxillary sinus perforation.