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Universidade Federal da Bahia |
Repositório Institucional da UFBA
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/32624
Tipo: Tese
Título: Epidemias: um estudo sobre a cultura médico-científica na imprensa brasileira
Autor(es): Bandeira, Cláudio Antonio de Freitas
Autor(es): Bandeira, Cláudio Antonio de Freitas
Abstract: O presente estudo tem como objetivo analisar como a imprensa retratou a cultura médicocientífica no suceder de algumas epidemias registradas no Brasil no decorrer do século XX e na primeira década do século XXI.
A abordagem midiática no campo da comunicação para a saúde se aperfeiçoou no intervalo de tempo das publicações aqui avaliadas, atestando e amplificando as rotinas do jornalismo que têm um papel de destaque no processo de construção de realidade nas sociedades contemporâneas. O modelo de news making, como verificado nas ocorrências epidêmicas, tem como valor de notícia padronizado a veiculação serializada dos números de casos, de óbitos e de previsões estatísticas de risco, cuja fonte comum são as oficiais.
A serialização pelos jornais de episódios negativos no decorrer daquelas epidemias e a inexistência de respostas baseadas em evidências científicas concretas colocam a população como refém do medo e o serviço médico em constante sobressalto, fato que insiste em se repetir desde setembro de 1918, na eclosão da pandemia de influenza espanhola. Apesar de todos esses percalços, no intervalo das I e II Guerras Mundiais, a cultura científica revolucionou o campo biomédico com o desenvolvimento de novos medicamentos, exames tecnológicos, rígidos protocolos de tratamento, além de crescente interação entre o profissional e o indivíduo, alterações que receberam ampla repercussão da imprensa e, restritivamente, sem deixar margens para outras formas de conhecimentos curativos.
A aparente evolução contrasta com os persistentes problemas sanitários que afligem significativa parcela da população brasileira, imersa em profundas desigualdades, problemas que acabam se refletindo na qualidade de vida e saúde desses grupos. A partir deste ângulo, busquei investigar e compreender como os jornais A Tarde (Salvador) e O Estado de S. Paulo (São Paulo) relataram as eclosões das epidemias que atingiram o país entre 1912 e 2012 e como esses veículos contribuíram para cristalizar a cultura médico-científica como praticada no Ocidente. Para fins de escolha do campo a ser estudado, foram elencadas quatro modalidades de epidemias – as de influenza, febre amarela, cólera e Aids, que eclodiram em períodos diferentes do intervalo analisado.
Palavras-chave: Cultura científica
Jornalismo científico
Comunicação em Saúde
Divulgação científca
Ciência - Cobertura científica
CNPq: Cultura e Sociedade
País: Brasil
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.program: Programa Multidisciplinar de Pós-graduação em Cultura e Sociedade
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32624
Data do documento: 13-Jan-2021
Aparece nas coleções:Tese (POSCULTURA)

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