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Universidade Federal da Bahia |
Repositório Institucional da UFBA
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/33443
Tipo: Dissertação
Título: A geografia física crítica como estratégia pedagógica para a inclusão escolar
Autor(es): Santiago, Izis Thelma Araújo
Autor(es): Santiago, Izis Thelma Araújo
Abstract: A Geografia Escolar muitas vezes ainda apresenta uma dicotomia entre a Geografia Física e a Geografia Humana, além de carecer de temas contemporâneos voltados para a inclusão e a diversidade. Consideramos a inclusão escolar para além das deficiências, envolvendo aspectos que muitas vezes são motivos de segregação e reprodução de preconceitos em sala de aula, como as questões socioeconômicas, culturais, étnico, raciais, de gênero, orientação sexual e religiosa. Embora exista uma ampla legislação que regulamente a inserção destes temas, já na formação inicial docente, ainda parece faltar debate teórico e aplicação prática para os docentes que atuam no Ensino Básico, tal situação pode estar relacionada a existência de um padrão de normalidade socialmente imposto e falta de acesso aos debates sobre as temáticas. Desse modo, a pesquisa teve como objetivo compreender como se dá a abordagem da inclusão e da diversidade na formação inicial em Geografia, na produção científica e na prática docente na Geografia Escolar. Para entender e discutir a formação inicial docente em Geografia no estado da Bahia, partimos da análise dos currículos dos cursos de licenciatura à luz da legislação vigente sobre as temáticas. A produção científica foi analisada de acordo com o cenário nacional das discussões de inclusão e diversidade na Geografia Escolar, através de publicações em revistas científicas dedicadas à área de Geografia e Ensino. A prática docente foi elaborada e desenvolvida a partir da abordagem da Geografia Física Crítica (GFC) como possibilidades pedagógicas de superação da dicotomia no ensino de Geografia com a elaboração de recursos didáticos relacionados ao contexto dos estudantes, considerando as suas especificidades culturais, sociais e econômicas. Portanto, partindo da realidade de Salvador (Bahia), que possui quase metade da população vivendo em áreas de risco a deslizamento, enxurradas e alagamentos, elegemos o conceito “risco” como tema gerador. Foi possível identificar que os currículos da formação inicial do docente em Geografia na Bahia são constituídos apartados das temáticas pesquisadas, que as produções acadêmicas sobre a temática possuem pouca expressividade no cenário nacional se comparadas a outras propostas, há uma propensão à escolha de alguma deficiência e área da Geografia específicas ao lidarem com o assunto, além de um ensino de Geografia dicotômico e apartado da realidade do estudante. Foi possível também, experienciar a GFC como estratégia para a ressignificação das escolhas pedagógicas capazes de promover a diversidade, reconhecendo e valorizando as especificidades de cada contexto escolar, bem como as origens dos seus estudantes, propiciando o desenvolvimento da autonomia do sujeito e da perspectiva crítica do estudante com o espaço em que se encontra. Essa experimentação se deu em uma sala de aula, a partir de observação, intervenção e avaliação crítica da prática docente no ensino de Geografia em uma escola pública de Salvador. Neste sentido a GFC como abordagem na construção de práticas pedagógicas auxiliou na criação de uma análise integradora dos aspectos físicos e humanos bem como, no reconhecimento e compreensão das relações de poder atuantes na sociedade. Diante dos dados levantados compreendemos que a abordagem integradora e inclusiva deve se dar ao longo da formação docente até sua práxis, no ensino básico e superior, para que realmente possamos pensar numa sociedade mais igualitária, papel este que a Geografia deve assumir devido a sua posição de ciência que estuda o espaço e as relações que neste se desenvolvem.
School Geography often presents a dichotomy between Physical and Human Geography, lacking contemporary themes focused on inclusion and diversity. We consider school inclusion more than deficiencies. We include aspects that are often reasons for segregation and reproduction of prejudices in the classroom, such as socioeconomic, cultural, ethnic, racial, gender, sexual and religious orientation. Although there is legislation to regulate these themes' insertion, the initial teacher education still lacks theoretical debate and practical application; such a situation could be the social imposition of the normality and absence of debates about these themes. Thus, our goal is to understand how inclusion and diversity appear in Geography's initial formation, scientific production, and teaching practice in School Geography. To understand the initial teacher formation in Geography in Bahia, we started by analyzing the undergraduate course structure, considering the current legislation about inclusion and diversity. We analyzed the publications about inclusion and diversity in School Geography in scientific journals dedicated to Geography and Teaching to observe the scientific production. The teaching practice started from the Critical Physical Geography (GFC) approach as pedagogical possibilities to overcome the dichotomy in Geography with the development of didactic resources related to the students' context, considering their cultural, social, and possible specificities. Therefore, starting from the Salvador reality (Bahia), which has almost half of the population living in areas at risk of landslides or floods, we chose the concept of "risk" as the central theme. The undergraduate course structures in Bahia are insufficient to teaching about diversity and inclusion. The specific academic publications about these themes have little expressivity when compared to other thematic. There is a propensity to choose some disability and specific Geography areas when researching these subjects. Besides, the School Geography teaching is dichotomic and disconnected from the student's reality. The GFC works how a strategy for the re-signification of pedagogical choices capable of promoting diversity, recognizing, and valuing the specificities of each school context, as well as the origins of its students, enabling the development of the subject's autonomy and critical perspective of the student with the space in which he finds himself. In this sense, the GFC approach helps create an integration of physical and human aspects in Geography and understand students' realities, empowering them. Finally, we realize that an integrated and inclusive approach must occur in teacher praxis, in primary and higher education, to a more equitable society. Geography's role must assume due to its position of science that studies space and the relationships that develop in it.
Palavras-chave: Geografia -- Estudo e ensino
Educação para Equidade
Geografia Escolar e Neurociência
Professores de geografia -- Formação
Igualdade na educação
Educação
CNPq: Geociências
Geografia Física
País: brasil
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.program: em Geografia
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33443
Data do documento: 17-Mai-2021
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