Campo DC | Valor | Idioma |
dc.creator | Hermida, Viviane Menezes | - |
dc.date.accessioned | 2022-02-03T16:08:54Z | - |
dc.date.available | 2022-01-26 | - |
dc.date.available | 2022-02-03T16:08:54Z | - |
dc.date.issued | 2018-07-23 | - |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34733 | - |
dc.description.abstract | The aim of this study was to understand how discourses and practices of Marcha das Vadias
Recife (SlutWalk) interact with Brazilian contemporary feminism. In order to achieve that, the
trajectory of Marcha das Vadias Recife (MVR) from 2011 to 2017 was reconstructed.
Connections between body and politics in the MVR were analyzed, as well as its approach to
the racial issue, in relation to gender, sexuality and class. The study adopted a feminist
epistemological perspective of situated knowledge. Data were collected on the Internet,
including debates and images; through ethnographic insertion during the 7thedition of MVR
(2017), including preparatory processes; individual interviews and discussion group with
member of the MVR organizing collective. References included studies on trajectories of
Brazilian feminisms; concepts of sexage and appropriation, elaborated by francophone
materialist feminists; contributions from the Black feminist thought, using the concept of
interseccionality, enriched by historical and decolonial perspectives which approach the
mutual constitution of gender, race, class and sexuality in Latin America. The results show
that MVR is part of a set of feminist urban and youth expressions initiated in the 2010s, in
which Internet plays a central role, with strong public presence, in the streets and in the social
networks, organized by small groups which create open platforms for individual and groups to
voice their demands, without the mediation of consolidated organizations of the feminist
movement. Results also show that MVR maintains its vigor, acting through a quite organized
collective, attracting thousands of women to their annual demonstrations, taking active part in
the public debate and establishing alliances in the feminist field. With its political agenda – in
which body autonomy and sexual freedom are central –, and with its protest repertoire – in
which the body appears in the public space as the vehicle of its messages – MVR participants
question hegemonic conceptions on women, confronting the appropriation of women. Racial
dimension was identified as a significant source of tension to MVR, which is criticized due to
the limits of its practices and discourses to encompass Black women‘s experiences.
Significant efforts of MVR organizers to improve their approach to racial issue were
observed, through promotion of public debates, through active dialogue with Black women‘s
organizations and through their public statements and performances, impacting the
configuration of its organizing collective, its political action and the establishment of
alliances. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | OUTRAS | pt_BR |
dc.language | por | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Federal da Bahia | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.subject | Marcha das Vadias | pt_BR |
dc.subject | Movimento feminista | pt_BR |
dc.subject | Protesto | pt_BR |
dc.subject | Corpo | pt_BR |
dc.subject | Interseccionalidade | pt_BR |
dc.title | Por nós, pelas outras, por mim: a política feminista da Marcha das Vadias Recife | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo (PPGNEIM) | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFBA | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.subject.cnpq | Ciências Humanas | pt_BR |
dc.contributor.advisor1 | Sardenberg, Cecília Maria Bacellar | - |
dc.contributor.advisor1Lattes | http://lattes.cnpq.br/5848359202151995 | pt_BR |
dc.contributor.advisor-co1 | Mano, Maíra Kubik | - |
dc.contributor.advisor-co1Lattes | http://lattes.cnpq.br/1813924929238494 | pt_BR |
dc.contributor.referee1 | Piscitelli, Adriana | - |
dc.contributor.referee2 | Rodrigues, Cristiano Santos | - |
dc.contributor.referee2Lattes | http://lattes.cnpq.br/4744194361425598 | pt_BR |
dc.contributor.referee3 | Macedo, Márcia dos Santos | - |
dc.contributor.referee3Lattes | http://lattes.cnpq.br/5021795204335253 | pt_BR |
dc.contributor.referee4 | Alvarez, Sonia | - |
dc.contributor.referee5 | Sardenberg, Cecília Maria Bacellar | - |
dc.creator.Lattes | http://lattes.cnpq.br/9142854533066242 | pt_BR |
dc.description.resumo | Esse estudo teve como objetivo compreender como os discursos e práticas da Marcha das
Vadias Recife (MVR) se inserem no âmbito do feminismo brasileiro contemporâneo. Para
isso, foi reconstruída a trajetória da MVR no período de 2011 a 2017, com atenção aos seus
contornos locais. Foram analisadas as conexões entre corpo e política na MVR considerando
tanto o modo como o corpo aparece em suas reivindicações como em seu repertório de
protesto. Foi também discutida a abordagem da MVR sobre a dimensão racial, em articulação
com as dimensões de gênero, sexualidade e classe. Adotando uma abordagem epistemológica
feminista do conhecimento situado, foi realizado levantamento de dados disponíveis na
Internet; levantamento de fotografias da MVR; inserção etnográfica, de abordagem feminista
e engajada, da sétima edição da MVR (2017), incluindo processos preparatórios; entrevistas
individuais e grupo de discussão com integrantes do Coletivo Marcha das Vadias Recife. Os
referenciais incluíram estudos sobre trajetórias do feminismo brasileiro; os conceitos de
sexagem e apropriação, elaborados no âmbito do chamado feminismo materialista francófono;
aportes do pensamento feminista negro, com uso do conceito de interseccionalidade,
enriquecido por abordagens históricas e perspectivas decoloniais que tratam da mútua
constituição de gênero, raça, classe e sexualidade na América Latina, desde o período
colonial. Os dados levantados demonstram que a Marcha das Vadias Recife faz parte de um
conjunto de expressões feministas iniciado na década de 2010, marcadamente urbanas e
jovens, em que a Internet desempenha papel fundamental, com forte presença pública nas ruas
e nas redes sociais, organizadas por pequenos grupos que geram uma plataforma aberta à
expressão individual e coletiva, sem a mediação, ao menos inicial, de organizações de
referência do movimento feminista. Os dados demonstram também que a MVR está em pleno
vigor, atuando a partir de um coletivo com razoável organicidade, atraindo milhares de
mulheres para as marchas anuais, participando ativamente de debates públicos e
estabelecendo alianças no campo feminista. Com suas pautas políticas – em que a autonomia
sobre o corpo e a liberdade sexual ocupam lugar central –, e com seu repertório de protesto –
no qual o corpo aparece como suporte para suas mensagens, a partir de inscrições de frases de
luta em seus corpos e de performances individuais e coletivas, as integrantes da MVR
questionam concepções hegemônicas sobre as mulheres, confrontando a apropriação das
mulheres. A dimensão racial apresenta-se como um ponto de tensionamento para a MVR,
com críticas aos limites de suas práticas e discursos para contemplar experiências de mulheres
negras e de classes populares. A partir da pesquisa, ficou evidenciado o esforço das
organizadoras para aprimorar a abordagem da questão racial, promovendo debates,
dialogando com organizações de mulheres negras e pautando publicamente a questão, o que
vem impactando a configuração do coletivo organizador, sua atuação e política de alianças. | pt_BR |
dc.publisher.department | Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH) | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Tese (PPGNEIM)
|