Campo DC | Valor | Idioma |
dc.creator | Paranhos, Ramon Arend | - |
dc.date.accessioned | 2022-08-24T20:16:52Z | - |
dc.date.available | 2022-08-24T20:16:52Z | - |
dc.date.issued | 2019-04-30 | - |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35944 | - |
dc.description.abstract | In this study, we describe the syntactic and semantic uses of the lexical items “aqui”, “ali”,
“aí” and “lá”, in the determiner phrase (DP) based on data collected from the Afro-Brazilian
rural community of Helvécia/BA. The data was quantified in order to delineate the
distribution and productivity of the use of “aqui,” “ali,” “aí” and “lá” as a marker of deictic
relations and as a marker of specificity. Both in Brazilian Portuguese (BP) and in European
Portuguese (EP), these elements can used mark deictic relations, indicating proximity to the
speaker, “aqui”; proximity to the listener, “aí”; medial distance to the speaker and the listener,
“ali”; remote distance to the speaker and listener, “lá”. In the analyzed data, we describe the
existence of two systems of deiticity: the first one, observed in the data of the informants in
Age Group 3 (more that 60 years), is composed of only on demonstrative, “esse”, which cooccurs
with “aqui”/”ali” and “lá”, marking, respectively, opposition of proximity and distal;
in the second, characteristic of the informants of the Age Groups 1 and 2 (from 18 to 60
years), there is a possibility of using two demonstratives, “esse” e “aquele”, marking
opposition of [+ proximity] and [- proximity] and the reinforcers mark contrastive oppositions
in relation to the person of the discourse, speaker / listener, or distancing type. However, in
addition to the deitic use, in BP, “aí” and “lá” can be used to indicate a specific reference in
undefined DP, as, for exemple, in the sentence “Cátia precisa vencer uma atleta aí para ser
campeã” (Mary must win an specific athlete to be champion). In this sentence “aí” acts as a
marker of specificity on the DP, marking a specific reference that needs to be overcome.
Specificity occurs when the speaker intends to refer to a single individual in the group
denoted by the NP, considering that that individual has some notable property. We don’t
observe records of the use of initially locative elements acting as markers os specificity in EP
and in others Romance languages, then we have the objective to verify a possible influence of
linguistic contact in the period of colonization of Brazil. We present them items based on
studies of BP, EP an African languages that were brought to Brazil such as Kwa languages,
mainly the Gbe subgroup, and the bantu languages, mainly the languages spoken in Angola,
as Kimbundu and Umbundo. In Kimbundu, for exemple, there is a pre-nominal marker of
specificity and, in the Gungbe, the articles are post-nominal and mark specificity, opposing
definiteness. A similar process to what occurred in the BP of Helvécia can be seen in
comparison with the creoles languages, as Haitian Creole and as Mauritian Creole, languages
formed from the situation of contact, having French as the language of superstrate, where
there is, respectively, a post-nominal specificity marker, both from an initially locative lexical
item, là. From these analyzes, we can confirm the hypothesis that the uses of “aqui”, “ali”,
“aí” and “lá”, as markers of specificity in the Helvecia dialect, are possible results of a
situation of contact in a context of generalized multilinguism. We analyze the data separately,
reinforcers and specifiers, considering linguistic factors related to both uses, and
extralinguistic, such as age range and schooling. We observed that these elements act
normally with deictic functions, in co-occurrence with demonstratives. Concerning
specificity, we describe that aí” and “lá” are more used with this function that “aqui” and
“ali” and the marking of specificity tends to be performed in indefinite structures, but there is
possibility of use in defined structures. We observe that the internal structure of the DP
(DET[+DEF] / DET[-DEF] / DEM / NOME NU / PRON) has shown to be a conditioning factor for
the use of a marker of deictic relations or a marker of specificity. The study of Afrodescendant
speech help on the understanding of the emergency process of a marker of
specificity and as well as providing a database for analyzing these phenomena in other
languages. | pt_BR |
dc.language | por | pt_BR |
dc.publisher | UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA | pt_BR |
dc.subject | Língua portuguesa - Estudo de caso - Helvéccia-BA | pt_BR |
dc.subject | Contato Linguístico | pt_BR |
dc.subject | Deiticidade | pt_BR |
dc.subject | Especificidade | pt_BR |
dc.subject.other | Deictic | pt_BR |
dc.subject.other | Specificity | pt_BR |
dc.subject.other | Linguistic Contact | pt_BR |
dc.title | Aqui, ali, aí e lá no DP no português rural afro-brasileiro deHelvécia-BA. | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC) | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFBA | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.subject.cnpq | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES | pt_BR |
dc.contributor.advisor1 | Silva, Maria Cristina Vieira de Figueiredo | - |
dc.contributor.advisor1Lattes | http://lattes.cnpq.br/4731497380255440 | pt_BR |
dc.contributor.referee1 | Silva, Maria Cristina Vieira de Figueiredo | - |
dc.contributor.referee2 | PILATI, ELOISA NASCIMENTO SILVA | - |
dc.contributor.referee3 | Carvalho, Danniel da Silva | - |
dc.creator.Lattes | http://lattes.cnpq.br/4731497380255440 | pt_BR |
dc.description.resumo | Neste estudo é feita a descrição dos usos sintáticos e semânticos dos itens lexicais aqui, ali, aí
e lá, dentro do domínio do DP (determiner phrase) em amostras de fala de 22 informantes da
comunidade rural afro-brasileira de Helvécia/BA. Os dados foram quantificados com o
objetivo de delinear a distribuição e a produtividade do uso de aqui, ali, aí e lá como dêiticos
e como marcadores de especificidade. Tanto no Português Brasileiro (PB) quanto no
Português Europeu (PE), esses elementos podem marcar relações dêiticas, indicando se uma
entidade está próxima ao falante, aqui, próxima ao ouvinte, aí, em distância medial do falante
e do ouvinte, ali, e em distância remota do falante e do ouvinte, lá. Nos dados analisados,
descreve-se a existência de dois sistemas de deiticidade: o primeiro, observado nos dados dos
informantes da Faixa Etária 3, é composto por apenas um demonstrativo, esse, que coocorre
com aqui/aí e lá, marcando, respectivamente, oposições de proximidade e de afastamento; no
segundo, característico dos informantes da Faixas Etárias 1 e 2, há possibilidade de uso de
dois demonstrativos, esse e aquele, marcando oposições de [+ proximidade] e [- proximidade]
e os reforçadores marcam oposições contrastivas em relação à pessoa do discurso,
falante/ouvinte, ou tipo de distanciamento. No entanto, além do uso dêitico, no PB, aí e lá
podem ser usados para indicar uma referência específica em um DP indefinido, como, por
exemplo, na sentença Cátia precisa vencer uma atleta aí para ser campeã, em que aí atua
como um marcador de especificidade, indicando uma referência específica que precisa ser
vencida. A especificidade ocorre quando o falante pretende referir-se a um indivíduo único no
conjunto denotado pelo NP, considerando que esse indivíduo possui alguma propriedade
notável. Tendo em vista que não se observam registros do uso de elementos inicialmente
locativos atuando como marcadores de especificidade no PE e em nenhuma outra língua
românica, tem-se como objetivo verificar uma possível influência de contato linguístico no
período de colonização do Brasil. Discute-se o contato tomando como base estudos do PB, do
PE e de línguas africanas que foram trazidas para o Brasil, como as línguas kwa,
principalmente do subgrupo Gbe, e as línguas bantas, principalmente as línguas faladas em
Angola, como o Kimbundu e o Umbundo. No Kimbundu, por exemplo, há um marcador de
especificidade pré-nominal e, no Gungbe, os determinantes são pós-nominais e marcam
especificidade, fazendo oposição de definitude. Um processo semelhante ao que aconteceu no
PB de Helvécia pode ser observado em comparação com línguas crioulas, como Crioulo
Haitiano e como Crioulo Mauriciano, línguas formadas a partir da situação de contato, tendo
o Francês como língua de superstrato, em que há um marcador pós-nominal de
especificidade, oriundo de um item lexical inicialmente locativo, là. A partir dessas análises,
pode-se tomar como hipótese que os usos de aqui, ali, aí e lá, como marcadores de
especificidade no dialeto de Helvécia, são possíveis resultados de uma situação de contato em
um contexto de multilinguísmo generalizado. Os dados foram analisados separadamente,
reforçadores e especificadores, considerando fatores linguísticos relacionados aos dois usos, e
fatores extralinguísticos, tais como faixa etária e escolaridade. Observa-se que esses
elementos atuam normalmente com funções dêiticas, em coocorrência com demonstrativos.
No que tange à especificidade, verifica-se que aí e lá são mais usados com essa função do que
aqui e ali, principalmente em estruturas indefinidas, mas há possibilidade de uso em
estruturas definidas. Assim, a estrutura interna do DP (DET[+DEF] / DET[-DEF] / DEM / NOME
NU / PRON) revelou ser um fator condicionante para a marcação de deiticidade ou de
especificidade. O estudo da fala de afro-descendentes traz evidências para se entender a
emergência de um marcador de especificidade, bem como fornece uma base de dados para
compreensão desse fenômeno em outras línguas. | pt_BR |
dc.publisher.department | Instituto de Letras | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Tese (PPGLINC)
|