https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36811
Campo DC | Valor | Idioma |
---|---|---|
dc.creator | Carvalho, Aline Cesar | - |
dc.date.accessioned | 2023-04-10T14:30:22Z | - |
dc.date.available | 2023-04-10T14:30:22Z | - |
dc.date.issued | 2020-09-04 | - |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36811 | - |
dc.description.abstract | Based on a critical reading of contemporary children's and youth literary works published in Brazil, this dissertation discusses the reproduction of gender patterns in childhood and its implications for the maintenance of oppressive structures that prescribe socially demarcated places for the feminine. For that, a genealogy of the emergence of the concept of childhood is used, which allows us to find out in what ways the social construction around an ideal femininity guided the foundation of children's literature as a didactic-moralizing tool. In these terms, it was also necessary to return to the history of women, in order to understand how the oppression of gender, race and class, historically imposed on them, directed them to the need to unite as a group and found an organized movement for the struggle for liberation. female, whose demands and questions guided the beginning of a process of reflection on the impacts of literary representations on the formation of generations of women who grew up reading these stories. Based on feminist theory, and considering gender as a theoretical tool for literary analysis, it was also sought to observe how contemporary Brazilian children's literature has proposed places of female protagonism that break with physical and behavioral stereotypes commonly conditioned to women. Six children's literary works by women, published in Brazil, were chosen to compose the corpus of this research, namely: A pior princesa do mundo (Anna Kemp, publisher Paz e Terra), Por que só as princesas se dão bem? (Thalita Rebouças, publisher Rocco), the two volumes of Histórias de ninar para garotas rebeldes (Elena Favilli and Francesca Cavallo, Vergara & Ribas publishers), Meu crespo é de rainha (bell hooks, Boitatá publisher) and Rainhas (Ladjane Alves Souza, EDUFBA publisher). By analyzing them as representative of a contemporary literary and editorial segment, we sought to strengthen the debate about the importance of children's literature for the construction of the imaginary, and of a feminist and anti-racist education for the formation of a critical conscience since childhood. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | CNPQ | pt_BR |
dc.language | por | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Federal da Bahia | pt_BR |
dc.subject | Literatura infantojuvenil | pt_BR |
dc.subject | Literatura infantojuvenil brasileira contemporânea | pt_BR |
dc.subject | educação feminista | pt_BR |
dc.subject | educação antirracista | pt_BR |
dc.subject | padrões de gênero | pt_BR |
dc.subject.other | Children's and Teenage Literature | pt_BR |
dc.subject.other | Contemporary Brazilian Children's Literature | pt_BR |
dc.subject.other | gender patterns | pt_BR |
dc.subject.other | feminist education | pt_BR |
dc.subject.other | anti-racist | pt_BR |
dc.title | PRINCESAS, GUERREIRAS E REVOLUCIONÁRIAS: Repensando padrões de gênero e discutindo identidades por meio da literatura infantojuvenil | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.publisher.program | Pós-Graduação em Literatura e Cultura (PPGLITCULT) | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFBA | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.subject.cnpq | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES | pt_BR |
dc.contributor.advisor1 | Queiroz, Milena Britto de | - |
dc.contributor.advisor1Lattes | http://lattes.cnpq.br/6582744721341158 | pt_BR |
dc.contributor.advisor2 | Santos, Mônica de Menezes | - |
dc.contributor.advisor2Lattes | http://lattes.cnpq.br/1451205578056450 | pt_BR |
dc.contributor.referee1 | Oliveira, Sayonara Amaral de | - |
dc.contributor.referee1Lattes | http://lattes.cnpq.br/8522024476041438 | pt_BR |
dc.contributor.referee2 | Vieira, Nancy Rita Ferreira | - |
dc.contributor.referee2Lattes | http://lattes.cnpq.br/8056790251297537 | pt_BR |
dc.contributor.referee3 | Queiroz, Milena Britto de | - |
dc.contributor.referee3Lattes | http://lattes.cnpq.br/6582744721341158 | pt_BR |
dc.creator.Lattes | http://lattes.cnpq.br/4483449884756486 | pt_BR |
dc.description.resumo | Partindo da leitura crítica de obras de literatura infantojuvenis contemporâneas publicadas no Brasil, a presente dissertação discute acerca da reprodução dos padrões de gênero na infância e suas implicações na manutenção de estruturas opressoras que prescrevem lugares demarcados para o feminino socialmente. Para tanto, recorre-se a uma genealogia da emergência do conceito de infância que permite flagrar de que modos a construção social em torno de uma feminilidade ideal orientou a fundação da literatura infantojuvenil enquanto ferramenta didático-moralizante. Nesses termos, fez-se necessário também retornar à história das mulheres, de modo a entender como as opressões de gênero, raça e classe, historicamente impostas a elas as direcionaram à necessidade de se unirem enquanto grupo e fundarem um movimento organizado de luta pela libertação feminina, cujas demandas e questionamentos orientaram o início de um processo de reflexão acerca dos impactos das representações literárias na formação das gerações de mulheres que cresceram lendo essas histórias. A partir da teoria feminista, e considerando o gênero como ferramenta teórica de análise literária, procurou-se ainda observar como a literatura infantojuvenil brasileira contemporânea tem proposto lugares de protagonismo feminino que rompem com estereótipos físicos e comportamentais comumente condicionados ao feminino. Seis obras literárias infantojuvenis de autoria feminina, publicadas no Brasil, foram escolhidas para compor o corpus dessa pesquisa, sendo elas: A pior princesa do mundo (Anna Kemp, editora Paz e Terra), Por que só as princesas se dão bem? (Thalita Rebouças, editora Rocco), os dois volumes de Histórias de ninar para garotas rebeldes (Elena Favilli e Francesca Cavallo, Vergara & Ribas editoras), Meu crespo é de rainha (bell hooks, editora Boitatá) e Rainhas (Ladjane Alves Souza, editora EDUFBA). Ao analisá-las enquanto representativas de um segmento literário e editorial contemporâneo, buscou-se fortalecer o debate acerca da importância da literatura infantojuvenil para a construção do imaginário, e de uma educação feminista e antirracista para a formação de uma consciência crítica desde a infância. | pt_BR |
dc.publisher.department | Instituto de Letras | pt_BR |
dc.relation.references | ADICHIE, Chimamanda Ngozi. O perigo de uma história única. São Paulo: Companhia das Letras, 2019. ADICHIE, Chimamanda Ngozi. Para educar crianças feministas: um manifesto. São Paulo: Companhia das Letras, 2017. ADICHIE, Chimamanda Ngozi. Sejamos todos feministas. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Pólen, 2019. ANDRUETTO, María Teresa. Por uma literatura sem adjetivos. Trad. Carmem Cacciacarro. São Paulo: Editora Pulo do Gato, 2012. ÀRIES, Philippe. História Social da Criança e da Família. 2 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1981. BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo: a experiência vivida. Trad. Sérgio Milliet. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016. BERTH, Joice. O que é empoderamento?. Belo Horizonte (MG): Letramento, 2018. BETTELHEIM, Bruno. A Psicanálise dos Contos de Fadas. Trad. Arlene Caetano. SãoPaulo: Editora Paz e Terra, 2010. BRASIL. Lei 10.639/03 de 9 de Janeiro de 2003. Altera a Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estebelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”,e dá outras providências. Brasília 2003. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/I10.639.htm>. Acesso em 27/11/2019. BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília, 2004. Disponível em: <http://www.uel.br/projetos/leafro/pages/arquivos/DCN>. Acesso em 27/11/2019. BUTLER, Judith. Atos performáticos e a formação dos gêneros: um ensaio sobre fenomenologia e teoria feminista. In: Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Organização: Heloísa Buarque de Hollanda. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. CARNEIRO, Sueli. Enegrecendo o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. Disponível em: geledes.org.br/enegrecer-o- feminismo-situacao-da-mulher-negra-na-america-latina-partir-de-uma-perspectiva-de-genero/. Acesso em: 15/12/2019. CONNELL, Rebecca Pearse. Gênero: uma perspectiva global. Trad. Marília Moschkovich. São Paulo: nVersos, 2015. CUTI. Literatura Negro-Brasileira. São Paulo: Selo Negro, 2010. D’ADESKY, Jacques. Racismos e anti-racismos no Brasil: pluralismo étnico e multiculturalismo. Rio de Janeiro: Pallas, 2001. DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. Trad. Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2016. DEBUS, Eliane Santana Dias (2012). A Escravização africana na literatura infanto- juvenil: lendo dois títulos. Currículo sem fronteira, v.12, n.1, Santa Catarina, janeiro-abril, p.141-156. DIJK, Teun A. van. Racismo e discurso na América Latina. São Paulo: Contexto, 2008. EVARISTO, Conceição. Depoimento. Entrevista concedida a Bárbara Araújo Machado. Rio de Janeiro. 30 set. 2010. FANON, Franz. Pele negra, máscaras brancas. Trad. Renato da Silveira. Salvador, EDUFBA, 2008. FAVILLI, Elena; CAVALLO, Francesca. Histórias de ninar para garotas rebeldes. Trad. Carla Bitelli, Flávia Yacubian e Zé Oliboni. São Paulo: Vergara & Riba Editoras, 2017. FAVILLI, Elena; CAVALLO, Francesca. Histórias de ninar para garotas rebeldes 2. Trad. Carla Bitelli, Flávia Yacubian e Zé Oliboni. São Paulo: Vergara & Riba Editoras, 2018. FEDERICI, Silvia. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. Trad. coletivo Sycorax. São Paulo: Elefante, 2017. FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade. Tradução de Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 1999. FREIRE FILHO, João. Mídia, estereótipo e representação das minorias. ECO-PÓS, v. 7, n. 2, p. 45-71, 2004. GENS, Rosa Maria de Carvalho. Gênero em relevo: leituras para crianças e jovens. In: Cecil Jeanine Albert Zinani; Diógenes Buenos Aires de Carvalho. (Org.). Estudos de gênero e literatura para crianças e jovens: um diálogo pertinente. 1ed.Caxias do Sul: EDUSC, 2015. GOMES, Nilma Lino Gomes. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no Brasil: uma breve discussão. In: Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal nº 10.639/03/. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005, p. 236. GOMES, Nilma Lino. Corpo e cabelo como ícones de construção da beleza e da identidade negra nos salões étnicos de Belo Horizonte. São Paulo:USP, 2002 (tese: doutorado). GOMES, Nilma Lino (Org.). Diversidade e currículo. In: Indagações sobre currículo: diversidade e currículo. Organização do documento por Jeanete Beauchamp, Sandra Denise Pagel, Aricélia Ribeiro do Nascimento. Brasília: MEC/SEB, 2007. GOMES, Nilma Lino. Sem perder a raiz: corpo e cabelo como símbolos da identidade negra. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Trad: Tomaz Tadeu da Silva. São Paulo: DP&A Editoras, 1997. HALL, Stuart. Cultura e representação. Trad. Daniel Miranda e Willian Oliveira. Rio de Janeiro: Editora PUC-Rio, 2016. HOLLANDA, Heloisa Buarque de. Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. hooks, bell. Não sou eu uma mulher: mulheres negras e feminismo. Tradução da Plataforma Gueto. Disponível em: HTTPS:// plataformagueto.files.wordpress.com/2014/12/nc3a3o-sou- eu-uma-mulher_traduzido.pdf. Acesso em: 26 dez. 2019. hooks, bell. O Feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. Trad. Ana Luíza Libânio. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2018. hooks, bell. Olhares negros: raça e representação. São Paulo: Elefante, 2019. hooks, bell. Intelectuais negras. Estudos feministas, Rio de Janeiro, v. 3, n. 2, p. 464-478, 1995. hooks, bell. Alisando os nossos cabelos. Disponível em http://coletivomarias.blogspot.com.br/2008/05/alisando-o-nosso-cabelo.html. Acesso em 15/12/2019. hooks, bell. Meu Crespo é de rainha. Trad. Nina Rizzi. São Paulo: Boitatá, 2018. HUNT, Peter. Crítica, teoria e literatura infantil. Trad. Cid Knipel. São Paulo: Cosac Naify, 2010. KEMP, Anna. A pior princesa do mundo. Trad. Marília Garcia. São Paulo: Paz e Terra, 2015. LINDEN, Sophie Van der. Para ler o livro ilustrado. Trad. Dorothée de Bruchard. São Paulo: Cosac Naify, 2011. LOURO, Guacira Lopes; FELIPE, Jane; GOELLNER, Silvana Vilodre. Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo. Rio de Janeiro: Vozes, 2013. LOURO, Guacira Lopes. O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2018. LOURO, Guacira Lopes. Gênero e sexualidade: pedagogias contemporâneas. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. NASCIMENTO, Daniela Galdino. O terceiro espaço: Confluências entre a literatura infantojuvenil e a lei 10. 639/03. Tese (Doutorado em Letras) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2019. NIKOLAJEVA, Maria. Livro ilustrado: palavras e imagens. Trad. Cid Knipel. São Paulo: Cosac Naify, 2011. OLIVEIRA, Maria Anória de Jesus. Negros personagens nas narrativas infanto-juvenis brasileiras: 1979-1989. Livro (Mestrado em Educação) – Universidade do Estado da Bahia, Salvador, 2003. POWERS, Alan. Era uma vez uma capa. Trad. Octacillio Nunes. São Paulo: Cosac Naify, 2008. REBOUÇAS, Thalita. Por que só as princesas se dão bem?. Rio de Janeiro: Rocco Pequenos Leitore, 2012. RIBEIRO, Djamila. O que é: lugar de fala?. Belo Horizonte (MG): Letramento: Justificando, 2017. RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. São Paulo: Companhia das Letras, 2019. RIBEIRO, Djamila. Quem tem medo do feminismo negro?. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. SANTOS, Mônica de Menezes. Notas sobre a inespecificidade da literatura infantojuvenil. In: Palavras da crítica contemporânea. Organização: Luciene Azevedo, Antônio Marcos Pereira. Salvador: Boto-cor-de-rosa livros arte e café, 2017. SANTOS, Mônica de Menezes. Por livros e leitores que dancem. In: Redes de aprendizagens entre a escola e a universidade. Organização: José Henrique de Freitas Santos e Simone Souza de Assumpção. Salvador: EDUFBA, 2019. SANTOS, Mônica de Menezes. Por um lugar para a literatura infantil/juvenil nos estudos literários. Tese (Doutorado em Letras) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2011. SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. In: Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Organização: Heloísa Buarque de Hollanda. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. SILVA, Ana Célia. A discriminação do negro no livro didático. Salvador: EDUFBA, 2004. SOUZA, Ladjane Alves. Rainhas. Salvador: EDUFBA, 2018. SOUZA, Neusa Santos. Tornar-se negro: ou as vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. Rio de Janeiro: Graal, 1990. TATAR, Maria. Contos de fadas. Trad: Maria Luiza X. de A. Borges. Clássicos Zahar, 2013. VAN DER LINDEN, Sophie. Para ler o livro ilustrado. Trad. Dorothee de Bruchard. São Paulo: Cosac Naify, 2011. ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. São Paulo: Global, 2003. | pt_BR |
dc.type.degree | Mestrado Acadêmico | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Dissertação (PPGLITCULT) |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.