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Universidade Federal da Bahia |
Repositório Institucional da UFBA
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37054
Tipo: Dissertação
Título: Mineralogia e geoquímica do depósito de níquel laterítico Morro do Engenho, Província Alcalina de Goiás
Título(s) alternativo(s): Mineralogy and geochemistry of the laterite nickel deposit Morro do Engenho, Alkaline Province of Goiás
Autor(es): Grissolia, Eduardo Moussalle
Primeiro Orientador: Misi, Aroldo
metadata.dc.contributor.advisor-co1: Garcia, Pedro Maciel de Paula
metadata.dc.contributor.referee1: Barbosa, Natali da Silva
metadata.dc.contributor.referee2: Costa, Marcondes Lima da
metadata.dc.contributor.referee3: Misi, Aroldo
Resumo: O depósito de níquel laterítico Morro do Engenho é resultado da atuação de processos intempéricos sobre as rochas máfico-ultramáficas alcalinas que compõem o corpo intrusivo zonado de idade cretácea, pertencente à Província Alcalina de Goiás. Historicamente, o depósito é classificado como do tipo silicático, onde a mineralização está presente principalmente, em filossilicatos como serpentina e clorita. Este estudo tem como objetivo a compreensão dos processos metalogenéticos e controles atuantes na mineralização do depósito de níquel laterítico de Morro do Engenho, através da identificação das fases minerais portadoras de Ni e caracterização litogeoquímica dos perfis de alteração. A metodologia utilizada contou com estudos de petrografia, MEV/EDS, DRX e caracterização litogeoquímica dos perfis de alteração desenvolvidos sobre cada umas das rochas parentais que compõem o corpo. O maciço intrusivo de Morro do Engenho é formado por um núcleo dunítico, circundado por uma zona peridotito/piroxenítica, uma zona gabróica alcalina e mais externamente por uma zona sienito-nefelínica. No perfil laterítico foi possível reconhecer oito horizontes de alteração, empilhados a partir do bedrock como: (i) saprock, (ii) saprólito inferior, (iii) saprólito ferruginoso, (iv) saprólito ocre, (v) zona plasmática, (vi) duricrosta laterítica, (vii) silcrete e (viii) topsoil. A mineralização de Ni está concentrada no saprólito inferior, no saprólito ferruginoso e no saprólito ocre. Os resultados apontaram para a presença de Ni em fases minerais silicáticas representadas por serpentina, clorita e esmectita, assim como em fases óxido, concentrado em oxihidróxidos de Fe e Mn. A área deprimida, inserida entre as duas elevações topográficas principais, apresenta os maiores enriquecimentos em Ni, os quais podem chegar até 40%. A atuação de fatores hidrodinâmicos, através de dissolução/precipitação de silicatos nos horizontes saprolíticos do núcleo dunítico, são sugeridas como possíveis agentes atuantes na remobilização do Ni, dentre outros elementos móveis, para zonas planas topograficamente. A geometria do depósito Morro do Engenho mostra que a redistribuição lateral através dos fatores hidrodinâmicos poderia também explicar a mineralização de áreas periféricas ao núcleo dunítico, compostas por perfis lateríticos derivados de piroxenito e gabro. A direção do fluxo regional de águas subterrâneas, influenciada fortemente pela topografia, também seria um fator importante na remobilização do Ni, assim como o transporte mecânico de materiais lateríticos. A mineralização dominante no depósito Morro do Engenho é do tipo silicática, concentrada em hidrossilicatos de Mg e argilominerais com participação importante de mineralização do tipo óxido, presente, sobretudo, em oxi-hidróxidos de Fe e Mn. As discussões aqui apresentadas contribuem para a compreensão dos processos metalogenéticos atuantes na gênese de depósitos de Níquel laterítico a partir de corpos máfico-ultramáficos e fornecem subsídios para campanhas de exploração de depósitos similares.
Abstract: The Morro do Engenho lateritic nickel deposit results from the action of weathering processes on the alkaline mafic-ultramafic rocks that make up the Cretaceous zoned intrusive body belonging to the Goiás Alkaline Province. Historically, the deposit is classified as a silicate one, and mineralization is present especially in phyllosilicates such as serpentine and chlorite. By identifying Ni-bearing phases and providing the lithogeochemical characterization of alteration profiles, this study aims to provide further insights into the metallogenetic processes and controls acting on the mineralization of the Morro do Engenho lateritic Ni deposit. The following methods were used: petrographic studies, SEM/EDS, XRD and lithogeochemical characterization of the alteration profiles developed on each of the parent rocks that make up the body. The Morro do Engenho intrusive massif is formed by a dunite core, surrounded by a peridotite/pyroxenite zone, an alkaline gabbro zone and more externally by a syenite-nepheline zone. The lateritic profile contained eight alteration horizons, stacked one upon another from the bedrock namely: (i) saprock, (ii) lower saprolite, (iii) ferruginous saprolite, (iv) ocher saprolite, (v) plasma zone, (vi) lateritic duriccrust, (vii) silcrete and (viii) topsoil. Most Ni mineralization occurs in the lower saprolite, ferruginous saprolite and ocher saprolite zones. The findings pointed to the presence of Ni in silicate mineral phases - represented by serpentine, chlorite and smectite - as well as in oxide phases - concentrated in Fe and Mn oxyhydroxides. The depressed area, located between the two major topographic elevations, has the highest Ni enrichments, which can account for up to 40%. Hydrodynamic factors, by dissolution/precipitation of silicates in saprolite horizons of dunite core, are suggested as possible agents in the remobilization of Ni - among other mobile elements - to topographically flat zones. The geometry of the Morro do Engenho deposit show that lateral redistribution by hydrodynamic factors could also account for the mineralization of areas peripheral to the dunite core, composed of pyroxenite and gabbro-derived lateritic profiles. The direction of regional groundwater flow, strongly influenced by topography, would also be an important factor in the remobilization of Ni, as well as the mechanical transport of lateritic materials. Silicate mineralization predominates in the Morro do Engenho deposit, concentrated in Mg hydrosilicates and clay minerals; oxide mineralization also occurs, mostly in Fe and Mn oxyhydroxides. The findings discussed in this paper can broaden the understanding of metallogenetic processes involved in the genesis of lateritic nickel deposits from mafic-ultramafic bodies and provide valuable information for scientific expeditions aiming to explore similar deposits.
Palavras-chave: Intemperismo
Ni laterítico
Rochas máfico-ultramáficas alcalinas
Mineralização de Ni tipo silicato
Mineralização de Ni tipo óxido
Sedimentos (Geologia)
CNPq: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA
Idioma: eng
País: Brasil
Editora / Evento / Instituição: Universidade Federal da Bahia
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.department: Instituto de Geociências
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Geologia (PGGEOLOGIA) 
Citação: GRISSOLIA, Eduardo Moussalle. Mineralogia e geoquímica do depósito de níquel laterítico Morro do Engenho, Província Alcalina de Goiás. 2022. 71 f. Dissertação (Mestrado em Geologia) Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, 2022.
Tipo de Acesso: Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37054
Data do documento: 13-Jun-2022
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