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Universidade Federal da Bahia |
Repositório Institucional da UFBA
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37967
Tipo: Dissertação
Título: Influência do enriquecimento ambiental no padrão comportamental de equinos estabulados de diferentes idades
Autor(es): Oliveira, Camila Kataryne de Freitas
Primeiro Orientador: Oliveira, Chiara Albano de Araujo
metadata.dc.contributor.referee1: Oliveira, Chiara Albano de Araujo
metadata.dc.contributor.referee2: Ribeiro, Cláudio Vaz Di Mambro
metadata.dc.contributor.referee3: Hubbe, Olivia de Mendonça Furtado
Resumo: O objetivo do trabalho foi testar a hipótese de que o enriquecimento ambiental pode influenciar o bem-estar de equinos jovens e adultos estabulados. No presente estudo foram realizados 2 ensaios, que avaliaram 2 grupos de cavalos classificados em jovens GJ (3 anos) e adultos GA (10 anos), estabulados em baias individuais. Todos os animais adultos realizavam atividade de patrulhamento urbano. No ensaio 1 foram avaliados os eventos comportamentais dos animais, no GJ (n=7) e no GA (n=23), durante os 7 dias da semana. Cada grupo foi observado em 4 turnos, 2 pela manhã e 2 pela tarde. No ensaio 2 foram avaliados itens de EA no GJ e GA, quando os animais foram submetidos a dois tratamentos de EA nas baias (espelho e brinquedo com corda). As observações foram realizadas com mesma metodologia do ensaio 1. Nos dois ensaios foram calculadas a distribuição de frequência relativa (FR) dos eventos comportamentais por turno e dia de observação para GJ e GA. No ensaio 2, as frequências médias dos eventos comportamentais de cada tratamento foram analisadas em delineamento com 3 quadrados latinos 3x3 simultâneos. No GJ foi observada maior FR total diária dos comportamentos beber/comer (44,46%) e sono/descanso (23,32%), enquanto no GA os comportamentos predominantes foram comer/beber (26,94%) e sono/descanso (26,89%). Considerando a categoria comportamental estereotipia o GJ teve uma FR de 5,54%, enquanto no GA a FR foi 4,45%. Quando comparadas as frequências dos comportamentos entre GJ e GA os comportamentos com maiores FR foram comer/beber e sono/descanso. No GJ o EA de utilização dos espelhos nas baias influenciou significativamente os comportamentos de Sono/descanso, Subir no cocho e lamber/morder. No GA os espelhos influenciaram os comportamentos Sono/descanso e Alerta. O EA brinquedo com corda não influenciou o comportamento dos equinos. O estímulo visual do espelho, parece alterar a percepção que o equino tem do ambiente, reduzindo a incidência de estereotipias e momentos de ócio. Alguns objetos podem apresentar melhor resposta como forma de EA variando de acordo como tipo de objeto usado e a forma como é empregada. No GA onde a interação dos animais com os objetos de EA foi pouca, a baixa interação pode indicar que para equinos adultos “maduros” que saem das baias para trabalho, nem todos os tipos de EA sejam eficazes. São necessários estudos com outros tipos de EA para os equinos adultos estabulados com proposta de enriquecimento cognitivo, social ou alimentar. Outra possibilidade é que os equinos adultos não manifestem interesse em enriquecimentos do tipo físico. Além disso, pode-se inferir que a atividade de patrulhamento pode ter influência na dissipação de estresse desse grupo. Com isso pode-se concluir que a utilização de espelhos como enriquecimento ambiental tem influência positiva no bem- estar de equinos jovens estabulados.
Abstract: The goal of this work is to test the hypothesis that environmental enrichment can influence the well-being of young and adult horses living in stalls. In this study, 2 tests were performed, which evaluated 2 groups of horses classified in young GJ (3 years old) and adults ga (10 years old), that live in individual stalls. All adult animals performed urban patrol activity. In test 1, the behavioral events of the animals were evaluated in GJ (n = 7) and GA (n = 23), during the 7 days of the week. Each group was observed in 4 shifts, 2 in the morning and 2 in the afternoon. In the second test, EA items were evaluated in GJ and GA, when the animals were submitted to two EA treatments in the stall (mirror and a toy with rope). Observations were made by using the same method used in test 1. In both tests, the relative frequency (RF) distribution of the behavioral events per shift and day of observation for GJ and GA were calculated. In test 2, the mean frequencies of the behavioral events of each treatment were analyzed in a lineation with 3 simultaneous 3x3 Latin squares. Significant differences were observed in behavioral events in relation to observation shifts in GJ (P <0.001). In GJ, the highest daily total FR of drinking / eating (44.46%) and sleep / rest behaviors (23.32%) was observed, while in GA the predominant behaviors were eating / drinking (26.94%) and sleep / rest (26.89%). Considering the stereotypy behavioral category, GJ had a FR of 5.54%, whereas in GA a FR was 4.45%. When comparing the frequencies of the behaviors between GJ and GA, the behaviors with the highest RF were eating / drinking and sleep / rest. In the GJ the EA of the use of the mirrors in the stall influenced significantly the behaviors of Sleep / rest, Climb in the trough and lick / bite. In GA the mirrors influenced the Sleep / Rest and Alert behavior. In the EA the toy with rope didn’t influence the behavior of the horses. The visual stimulus of the mirror seems to change the perception that the horses have of the environment, reducing the incidence of stereotypies and moments of idleness. Some objects may present better response as a form of EA varying according to the type of the object used and the way it is used. In GA where the interaction of the animals with the EA objects was little, the low interaction may indicate that for "mature" adult horses leaving the stalls for work, not all types of AD are effective. Studies with other types of EA are required for adult horses that live in stalls with a proposal of cognitive, social or food enrichment. Another possibility is that adult horses do not show interest in enrichment of the physical type. Besides that, can be inferred that the patrolling activity may have an influence on the stress dissipation of this group. With this, it can be concluded that the use of mirrors as environmental enrichment has a positive influence on the well-being of young horses.
Palavras-chave: Bem estar animal
Estereotipia
Etologia
Aimais - Comportamento
CNPq: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::ZOOTECNIA::PRODUCAO ANIMAL
Idioma: por
País: Brasil
Editora / Evento / Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.department: Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia (PPGZOO)
Tipo de Acesso: Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37967
Data do documento: 31-Mai-2019
Aparece nas coleções:Dissertação (PPGZOO)

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