https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40711
Tipo: | Tese |
Título: | Prevalência do vírus da hepatite (VHE) em diferentes grupos de pacientes atendidos em serviços ambulatoriais de referência em Salvador-BA |
Título(s) alternativo(s): | Prevalence of the hepatitis virus (HEV) in different groups of patients treated at referral services in Salvador-BA |
Autor(es): | Menezes, Gisele Barreto Lopes |
Primeiro Orientador: | Schinoni, Maria Isabel |
metadata.dc.contributor.referee1: | Schinoni, Maria Isabel |
metadata.dc.contributor.referee2: | Freire, Songeli Menezes |
metadata.dc.contributor.referee3: | Almeida, Delvone Freire Gil |
metadata.dc.contributor.referee4: | Campos, Maurício de Souza |
metadata.dc.contributor.referee5: | Pacheco, Sidelcina Rugieri |
Resumo: | Introdução: O vírus da hepatite E (VHE) apresenta uma ampla distribuição mundial. Embora, geralmente, apresente um curso agudo, existe um potencial para cronicidade, como é o caso de pacientes com doença hepática prévia, imunocomprometidos e gestantes. Ademais, os estudos sobre a epidemiologia da infecção por esse vírus, especialmente nesses grupos de pacientes, são escassos no Brasil. Objetivo: Determinar a prevalência do vírus da hepatite E em diferentes grupos de pacientes (portadores do vírus da hepatite C, do vírus da hepatite B, da hepatite autoimune (HAI), em pacientes com lesão hepática induzida por drogas e em transplantados hepáticos); e investigar a presença do VHE-RNA, relacionando com achados clínicos, sociodemográficos e hábitos de vida. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal, compreendendo uma amostra de 301 voluntários do centro universitário de referência em Hepatologia e 142 transplantados de fígado da Unidade de Transplante Hepático, ambos da Bahia. A detecção de anti-VHE IgM e IgG foi determinada por meio do ELISA e para a detecção do VHE-RNA, utilizou-se a técnica de PCR em tempo real One-step. Resultados: As prevalências anti-VHE IgG, categorizadas por grupos, foram: VHC de 13,2%, VHB de 13%, HAI de 8,1, DILI com 21,1 e transplantados de fígado com 11,3%, enquanto as soroprevalências para anti VHE IgM foram: VHC com 0,9 %, VHB com 3,8 %, HAI com 0%, DILI com 5,3% e transplantados de fígado com 0,7%. O VHE-RNA não foi detectado dentre os participantes do estudo. Os pacientes com hepatite crônica pelo VHC e sorologia IgG VHE positiva apresentaram níveis de transaminases mais elevados em 66,7% (10/15) dos casos, enquanto os soronegativos em 42,4% (42/99) dos casos (p<0,05). A fibrose hepática com estágio 3 esteve presente em 25% dos pacientes com anti-VHE positivo e em apenas 13,5% dos anti-VHE negativo. Os transplantados hepáticos apresentaram elevação em TGO 50 % (8/16, p < 0,05) e TGP 37,5% (6/16, p= 0,075) dos casos soropositivos; e TGO em 25,4% (32/126) e TGP 19,8% (25/125) dos casos soronegativos. O consumo de caça foi relatado por 50% dos pacientes com sorologia positiva e por 32,7% dos pacientes ou com sorologia negativa. O contato com suínos foi relatado em 37,5% (6/16) dos anti-VHE IgG positivos transplantados do fígado e em 0,8% (1/126) dos anti-VHE IgG negativos (p < 0,05). Conclusões: A prevalência do anti-VHE IgG, entre os diferentes grupos de pacientes, demonstrou-se elevada. A infecção aguda foi observada nos resultados positivos para anti VHE IgG/IgM concomitantemente associada a níveis elevados de TGO/TGP. As transaminases estiveram aumentadas mais comumente nos soropositivos para o VHE, ademais, os parâmetros clínicos e bioquímicos demonstraram pior prognóstico dentre os infectados pelo VHE. Osresultados deste estudo indicam a necessidade do desenvolvimento de estudos para investigar os parâmetros clínicos e bioquímicos associados à infecção pelo VHE, bem como para entender a presença do VHE em animais domésticos e selvagens e, assim, contribuir para o entendimento da epidemiologia do VHE em nosso meio. |
Abstract: | Introduction: Hepatitis E virus (HEV) has an extensive worldwide distribution and potential for chronicity in some cases, such as patients with previous liver disease, the immunocompromised, and pregnant women. Furthermore, studies on the epidemiology of HEV infection, especially in these groups of patients, are scarce in Brazil. Objective: To determine the prevalence of HEV in different groups of patients (carriers of hepatitis C virus, hepatitis B virus, autoimmune hepatitis (AIH), patients with drug-induced liver injury, and liver transplant recipients) and to investigate the presence of the HCV-RNA; relation to clinical, sociodemographic, and lifestyle findings. Materials and methods: This is a cross-sectional study. A sample of 301 volunteers from the university referral center for hepatology and 142 liver transplant recipients from the Hepatic Transplantation Unit, both in Bahia. The detection of anti-HEV IgM and IgG was determined by ELISA for the detection of HEV-RNA, the One- step real-time PCR technique was used. Results: The prevalence of anti-HEV IgG categorized by groups were: HCV with 13.2%, HBV with 13%, AIH with 8.1%, DILI with 21.1%, and liver transplants with 11.3%. Meanwhile, the seroprevalences for anti HEV IgM were: HCV with 0.9%, HBV with 3.8%, AHI with 0%, DILI with 5.3% and liver transplants with 0.7%. HEV- RNA was not detected among study participants. Patients with chronic hepatitis by HCV and positive HCV IgG serology showed an increase in transaminases in 66.7% (10/15) of the cases, while the seronegative ones in 42.4% (42/99) of the cases (p<0.05). Grade 3 fibrosis was present in 25% of anti-HEV positive patients and in only 13.5% of anti-HEV negative patients. Among the liver transplant recipients, 50% (8/16) and 37.5% (6/16) of the seropositive cases showed an increase in TGO; and TGO in 25.4% (32/126) and TGP 19.8% (25/125) of seronegative cases. Consumption of game meat was reported by 50% of patients with positive serology and by 32.7% of patients or with negative serology. Contact with swine was reported in 37.5% (6/16) of anti-HEV IgG positive liver transplants and in 0.8% (1/126) of anti-HEV IgG negative (p<0.05). Conclusions: The prevalence of anti-HEV IgG among the different groups of patients was high. Acute infection was observed through positive results for anti HEV IgG/IgM concomitantly, associated with high levels of TGO/TGP. Transaminases were increased more commonly in HEV seropositive patients and, in addition, clinical and biochemical parameters showed a worse prognosis among those infected with HEV. Our data indicate the need for further studies to investigate the clinical and biochemical parameters associated with HEV infection, as well as to understand the presence of HEV in domestic and wild animals and thus contribute to the understanding of the epidemiology of HEV in our environment. |
Palavras-chave: | Vírus da Hepatite E VHE Hepacivirus VHC Vírus da Hepatite B VHB Hepatite Autoimune HAI Doença hepática induzida por substâncias e drogas DILI Transplantados |
CNPq: | Ciências da Saúde |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editora / Evento / Instituição: | Instituto de Ciências da Saúde |
Sigla da Instituição: | ICS |
metadata.dc.publisher.department: | Instituto de Ciências da Saúde - ICS |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM) |
Citação: | MENEZES, Gisele Barreto Lopes. Prevalência do vírus da hepatite (VHE) em diferentes grupos de pacientes atendidos em serviços de referência em Salvador-BA. Orientadora: Maria Isabel Schinoni. 2022. 102 f. Tese (Doutorado em Processos Interativos em Órgãos e Sistemas) - Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2022. |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40711 |
Data do documento: | 25-Nov-2022 |
Aparece nas coleções: | Tese (PPGPIOS) |
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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