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Universidade Federal da Bahia |
Repositório Institucional da UFBA
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41257
Tipo: Tese
Título: “O jardim dos caminhos que se(me) bifurcam”: sobre estética da existência, territórios e devaneios de um professor-artista
Título(s) alternativo(s): “The garden of paths that fork”: on the aesthetics of existence, territories and daydreams of a teacher-artist
“El jardín de los senderos que se bifúcan”: sobre la estética de la existencia, los territorios y las ensoñaciones de un artista-maestro
Autor(es): Melo, Paulo Henrique Reis
Primeiro Orientador: Pretto, Nelson De Luca
metadata.dc.contributor.advisor-co1: Cunha, Marlécio Maknamara da Silva
metadata.dc.contributor.referee1: Moraes, Giselly Lima de
metadata.dc.contributor.referee2: Viana, Ana Maria de Amorim
metadata.dc.contributor.referee3: Bezerra, Herlon Alves
metadata.dc.contributor.referee4: Pretto, Nelson De Luca
metadata.dc.contributor.referee5: Cunha, Marlécio Maknamara da Silva
Resumo: Nestes tempos, marcados por diversas crises que afetam intensamente indivíduo e sociedade (crise climática, econômica, geopolítica, humanitária) é preciso, em alguma medida, resgatar as forças que conduzem o sujeito ao “fazer-se”, ao “tornar-se” no campo da experimentação, da expressão, da criação, dionisiacamente, como uma subjetividade movente que se vai metamorfoseando, forjando-se ao estilo de uma obra de arte. É, então, a partir da própria experiência, do poder de si sobre si, que se pode proceder a um exercício de autoconstrução, conduzido por uma ética ou estética do cuidado de si ou uma estética da existência, que pode ser vista como um modo de entender a construção da subjetividade e a prática de viver esteticamente, que implica uma resistência à conformidade e a busca por formas autênticas de existir. Nesse contexto, partimos da pressuposição de que o exercício frequente da transversalidade do conhecimento a partir de práticas que conduzam o sujeito ao campo da experimentação, podem contribuir para a formação de um ser mais sensível ou, pelo menos, abrir possibilidades outras à inventividade, a novos paradigmas estéticos e à transformação do cotidiano escolar. Poderia indagar-se se os transbordamentos entre arte e educação nas práticas de um professor-artista seriam fundantes de uma estetização da vida, a partir dos engajamentos criativos no teatro, no cinema e na escola; poderia ainda se questionar sobre o que faz tais transbordamentos para a forja de modos de ser sujeito nas práticas artístico-pedagógicas ao longo de uma vida; ou sobre que marcas foram deixadas por processos formativos, nesses territórios que habita, atravessados por afetos e intensidades. Entretanto, para essa pesquisa-formação, que transita na confluência entre cartografia e autobiografia, formulou-se a seguinte questão: que processos formativos e modos de ser sujeito contribuem para a estetização da existência de um professor-artista em seus territórios existenciais? Para responder a essa questão, objetivou-se, de modo geral, refletir sobre processos formativos e modos de ser sujeito que contribuem para a estetização da vida de um professor-artista em territórios existenciais por ele habitados. Especificamente, foi necessário identificar e analisar os significados que marcam a experiência do sujeito em seus processos artístico-pedagógicos e discutir processos de subjetivação que formam o professor-artista a partir de textos e imagens dos seus contextos de atuação. Seguiu-se a pesquisa (trans)bordando o jardim ou os desertos do existir, com Foucault (2022a; 2022b), para desenhar uma estética da existência; com Guattari (2012), para vislumbrar novos paradigmas estéticos; Larrosa (2002) para construir notas sobre a experiência; com Rolnik (2016;1998), para habitar territórios existenciais e exaltar a antropofagia, além de outros antropófagos que nos unem. Para cumprir o desafiador exercício da jardinagem, do artesanato, do bordado com palavras em retalhos de texto; para alinhavar os furos e preencher os rasgos existenciais de sujeitos em desassossego, fomos construindo colchas de retalhos em imagens que denominamos painéis-rizoma.
Abstract: In these times, marked by several crises that intensely affect individuals and society (climate, economic, geopolitical, humanitarian crises) it is necessary, to some extent, to rescue the forces that lead the subject to “doing” himself, to “becoming” in the field of experimentation, expression, creation, Dionysianly, as a moving subjectivity that metamorphoses, forging itself into the style of a work of art. It is, then, based on one's own experience, one's power over oneself, that one can proceed to an exercise of self-construction, driven by an ethics or aesthetics of self-care or an aesthetics of existence, which can be seen as a way to understand the construction of subjectivity and the practice of living aesthetically, which implies resistance to conformity and the search for authentic ways of existing. In this context, we start from the assumption that the frequent exercise of transversality of knowledge based on practices that lead the subject to the field of experimentation, can contribute to the formation of a more sensitive being or, at least, open up other possibilities for inventiveness, the new aesthetic paradigms and the transformation of everyday school life. One could ask whether the overflows between art and education in the practices of an artist-teacher would be the basis for an aestheticization of life, based on creative engagements in theater, cinema and school; one could also question what causes such overflows to forge ways of being a subject in artistic-pedagogical practices throughout a lifetime; or about what marks were left by formative processes, in these territories that he inhabits, crossed by affections and intensities. However, for this research-training, which moves at the confluence between cartography and autobiography, the following question was formulated: what formative processes and ways of being a subject contribute to the aestheticization of the existence of a teacher-artist in their existential territories? To answer this question, the aim was, in general, to reflect on formative processes and ways of being a subject that contribute to the aestheticization of the life of a teacher-artist in the existential territories he inhabits. Specifically, it was necessary to identify and analyze the meanings that mark the subject's experience in their artistic-pedagogical processes and discuss processes of subjectivation that form the teacher-artist based on texts and images from their contexts of activity. Research followed (trans)bordering the garden or deserts of existence, with Foucault (2022a; 2022b), to design an aesthetics of existence; with Guattari (2012), to envision new aesthetic paradigms; Larrosa (2002) to create notes about the experience; with Rolnik (2016;1998), to inhabit existential territories and exalt anthropophagy, in addition to other anthropophages that unite us. To fulfill the challenging exercise of gardening, crafts, embroidery with words on scraps of text; to line up the holes and fill in the existential features of subjects in disquiet, we built patchwork quilts in images that we called rhizome panels.
En estos tiempos, marcados por varias crisis que afectan intensamente a los individuos y a la sociedad (crisis climática, económica, geopolítica, humanitaria) es necesario, en cierta medida, rescatar las fuerzas que llevan al sujeto a “hacerse”, a “convertirse”. en el campo de la experimentación, la expresión, la creación, dionisíacamente, como una subjetividad en movimiento que se metamorfosea, forjándose en el estilo de una obra de arte. Es, entonces, a partir de la propia experiencia, del poder sobre sí mismo, que se puede proceder a un ejercicio de autoconstrucción, impulsado por una ética o una estética del cuidado de sí o una estética de la existencia, que puede verse como una manera de comprender la construcción de la subjetividad y la práctica de vivir estéticamente, lo que implica la resistencia al conformismo y la búsqueda de formas auténticas de existir. En este contexto, partimos del supuesto de que el ejercicio frecuente de la transversalidad del conocimiento a partir de prácticas que conducen al sujeto al campo de la experimentación, puede contribuir a la formación de un ser más sensible o, al menos, abrir otras posibilidades de la inventiva, los nuevos paradigmas estéticos y la transformación de la vida escolar cotidiana. Uno podría preguntarse si los desbordes entre arte y educación en las prácticas de un artista-maestro serían la base para una estetización de la vida, basada en compromisos creativos en el teatro, el cine y la escuela; también se podría cuestionar qué provoca que tales desbordes forjen formas de ser sujeto en prácticas artístico-pedagógicas a lo largo de toda la vida; o sobre qué huellas dejaron los procesos formativos, en estos territorios que habita, atravesados por afectos e intensidades. Sin embargo, para esta formación-investigación, que se mueve en la confluencia entre cartografía y autobiografía, se formuló la siguiente pregunta: ¿qué procesos formativos y modos de ser sujeto contribuyen a la estetización de la existencia de un docente-artista en sus territorios existenciales? Para responder a esta pregunta, se buscó, en general, reflexionar sobre procesos formativos y modos de ser sujeto que contribuyen a la estetización de la vida de un docente-artista en los territorios existenciales que habita. Específicamente, fue necesario identificar y analizar los significados que marcan la experiencia del sujeto en sus procesos artístico-pedagógicos y discutir procesos de subjetivación que forman al docente-artista a partir de textos e imágenes de sus contextos de actividad. Siguieron investigaciones (trans)fronterizas con el jardín o los desiertos de la existencia, con Foucault (2022a; 2022b), para diseñar una estética de la existencia; con Guattari (2012), para vislumbrar nuevos paradigmas estéticos; Larrosa (2002) para crear notas sobre la experiencia; con Rolnik (2016;1998), para habitar territorios existenciales y exaltar la antropofagia, además de otros antropófagos que nos unen. Para cumplir con el desafiante ejercicio de la jardinería, las manualidades, el bordado con palabras sobre trozos de texto; Para alinear los agujeros y rellenar los rasgos existenciales de los sujetos inquietos, construimos colchas de retazos en imágenes que llamamos paneles de rizomas.
Palavras-chave: Educação estética
Estética da existência
Experiência
Subjetividade
CNPq: Educação
Idioma: por
País: Brasil
Editora / Evento / Instituição: Universidade Federal da Bahia
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.department: Faculdade de Educação
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) 
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41257
Data do documento: 13-Dez-2024
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