Skip navigation
Universidade Federal da Bahia |
Repositório Institucional da UFBA
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41281
Tipo: Tese
Título: Nossa bússola aponta para o Nordeste: o ensino de inglês em escolas públicas baianas sob orientação dendêcolonial
Título(s) alternativo(s): Our compass points to the Northeast: teaching English in public schools in Bahia under a dendêcolonial orientation
Autor(es): Souza, Jaqueline Santos de
Primeiro Orientador: Pereira, Julio Neves
metadata.dc.contributor.referee1: Pereira, Julio Neves
metadata.dc.contributor.referee2: Pereira, Fernanda Mota
metadata.dc.contributor.referee3: Souza, Ana Lucia Silva
metadata.dc.contributor.referee4: Melo, Glenda
metadata.dc.contributor.referee5: Muniz, Kassandra da Silva
Resumo: A língua não se limita ao código ou meio de comunicação, é prática social, instrumento de expansão, domínio e poder. É também dispositivo de insurgência, para que através dela possamos existir, resistir, reexistir (Souza, 2011) e não mais sermos excluídas/os ou sub-representadas/os. Lecionar inglês, uma língua ancorada em bases imperialistas (Pereira, 2019), objetivando decolonizar o ensino, consiste grande desafio. Em um contexto no qual estão em disputa língua, linguagens e educação, o aspecto político é inevitável, sendo assim, a neutralidade obviamente é nula. Diante disso, ao propor o suleamento (Freire, 1992; 2001; 2007) das práxis e, especificamente nesta pesquisa, apontar nossa bússola para o Nordeste torna-se demanda urgente. É constante perceber que o ensino de língua inglesa costuma ser reduzido a aplicação de regras, estruturas gramaticais e noções de vocabulário de modo acrítico (Siqueira, 2011), todavia, atender estudantes de escolas públicas que, em sua maioria, é composta por jovens negras e negros de classes populares, alvos das mais diversas formas de opressão, é um fato que confere às/aos docentes um compromisso ético e sociopolítico amparado por bases legais (Brasil, 2003; 2008) para abordar temáticas, não somente àquelas que determinados materiais didáticos invisibilizam, mas também espelhar a realidade além das salas de aula. As discussões pertinentes ao campo da Linguística Aplicada Crítica (Muniz, 2016) subsidiam este trabalho, cujo objeto – a formação docente continuada – pautou-se em diálogos com professoras/es da educação básica, as/os quais participaram do curso Decolonialidade e Ensino de Inglês na Escola Pública, que visou à desconstrução de crenças acerca do ensino de língua inglesa e que, metodologicamente, também consistiu no locus da pesquisa, onde se constituíram os corpora. O curso foi realizado no contexto da pandemia do Covid-19 e, sendo online, possibilitou que docentes lecionando inglês na rede pública de todo estado Bahia se inscrevessem. Foram recebidas 118 inscrições e, deste quantitativo, 33 colegas participaram dos encontros remotos, sendo assim, os corpora foram constituídos a partir das interações promovidas com o intermédio de atividades síncronas e assíncronas, conforme os pressupostos metodológicos de cunho etnográfico e netnográfico (Kozinets, 2014), através de questionários, gravações e materiais didáticos autorais. O cruzamento e a discussão dos dados se deram à luz dos estudos decoloniais, tendo como suporte metodológico a Análise do Discurso Crítica, que subsidiou uma leitura de natureza qualitativa, para investigar quais caminhos as/os docentes percorreram a fim de desconstruir crenças acerca do ensino de língua inglesa em escolas públicas baianas. Os resultados alcançados sinalizaram que a decolonialidade é revelada de formas diversas e que estar a caminho é uma das maneiras de concretizá-la.
Abstract: Language is not limited to a code or means of communication; it is a social practice, an instrument of expansion, domination, and power. It is also a device of insurgency, so that through it we can exist, resist, reexist (Souza, 2011) and no longer be excluded or underrepresented. Teaching English, a language anchored in imperialist bases (Pereira, 2019), with the aim of decolonizing education, is an enormous challenge. In a context in which language, languages, and education are in dispute, the political aspect is inevitable, and therefore neutrality is obviously null. In view of this, when proposing the southing (Freire, 1992; 2001; 2007) of praxis and, specifically, in this research, pointing our compass towards the Northeast becomes an urgent demand. It is common knowledge that teaching English is often reduced to the uncritical application of rules, grammatical structures and vocabulary notions (Siqueira, 2011). However, when teaching in public schools, most of whom are young black women and men from poor class backgrounds and who are targets of various forms of oppression, it is required that the teachers commit, ethically, with social political posture and supported by legal bases (Brasil, 2003; 2008) to discuss themes, not only those that certain teaching materials make invisible, but also to reflect the reality beyond the classroom. Discussions pertinent to the field of Critical Applied Linguistics (Muniz, 2016) support this work, whose object – continuing teacher training – was based on dialogues with basic education teachers, who participated in the course Decoloniality and Teaching English in Public Schools, which aimed to deconstruct beliefs about the teaching of the English language and which, methodologically, also consisted of the locus of the research, where the corpora were constituted. The course happened in the context of the Covid-19 pandemic and being online allowed teachers teaching English in the public school system in Bahia to enroll. A total of 118 applications were received and of these, 33 colleagues participated in the remote meetings. Thus, the corpora were constituted from the interactions promoted through synchronous and asynchronous activities, in accordance with the methodological assumptions of an ethnographic and netnographic nature (Kozinets, 2014), through questionnaires, recordings and original teaching materials. Crossing and discussion of the data were carried out in the light of decolonial studies, with Critical Discourse Analysis as methodological support, which subsidized the qualitative reading to investigate which paths the teachers took in order to deconstruct beliefs about the teaching of English in public schools in Bahia. The results achieved signaled that decoloniality is revealed in different ways and that being on the path is one of the ways to materialize it.
Palavras-chave: Decolonialidade
Formação Docente Continuada
Língua Inglesa
Escola Pública
Crenças
CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::LINGUISTICA APLICADA
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
Idioma: por
País: Brasil
Editora / Evento / Instituição: Universidade Federal da Bahia
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.department: Instituto de Letras
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC) 
Citação: SOUZA, Jaqueline Santos de. Nossa bússola aponta para o Nordeste: o ensino de inglês em escolas públicas baianas sob orientação dendêcolonial. 2024. 334 f. Tese (Doutorado em Língua e Cultura) – Instituto de Letras, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2024.
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41281
Data do documento: 5-Dez-2024
Aparece nas coleções:Tese (PPGLINC)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
SOUZA Jaqueline_ Tese_PPGLINC_ UFBA_2024.pdfTese - Jaqueline Souza10,83 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Mostrar registro completo do item Visualizar estatísticas


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.