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Universidade Federal da Bahia |
Repositório Institucional da UFBA
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/8332
Tipo: Dissertação
Título: Análise da eqüidade no acesso ao tratamento gratuito da hepatite C crônica no estado da Bahia
Autor(es): Matos Júnior, Hélio Paulo de
Autor(es): Matos Júnior, Hélio Paulo de
Abstract: A universalidade, integralidade e a eqüidade da atenção à saúde são os norteadores principais do Sistema Único de Saúde (SUS). Esses princípios fundamentais estão expressos na Constituição de 1988 e regulamentados na Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080/1990). Este estudo objetiva avaliar a eqüidade no acesso ao tratamento gratuito da hepatite crônica pelo vírus C e a relevância dos fatores socioeconômicos, no que diz respeito a este acesso. Para este fim investiga-se quais os fatores socioeconômicos que interferiram no acesso ao tratamento gratuito através da avaliação dos dados socioeconômicos e de tratamento de 117 pacientes portadores do HCV, tratados no Estado da Bahia, em 2005, recebendo, gratuitamente, as medicações na Farmácia de Alto Custo do Hospital Manoel Victorino em Salvador- Bahia; e se esta interferência estaria provocando distorção entre a concepção teórica e a realidade do acesso ao tratamento da hepatite C com conseqüente desacordo com os princípios fundamentais do SUS, a universalidade, integralidade e eqüidade de acesso aos serviços de saúde, em todos os níveis, e da igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. Estabelece-se o perfil socioeconômico dos pacientes tratados, estima-se os custos totais para o setor público com os medicamentos e analisa-se a estrutura dos custos, por origem dos pacientes tratados e por classe de renda. Na análise da influência do grau de escolaridade no acesso constatou-se que o grupo de pacientes com o ensino médio completo ou mais corresponde a mais de 63% e os pacientes sem escolaridade a, apenas 0,85%. Na avaliação do rendimento familiar mensal, a classe de renda que apresentou o maior número de pacientes foi a de mais de 5 a 10 salários mínimos com 26,50%, seguida da classe de mais de 3 a 5 salários mínimos com 22,22% dos pacientes tratados. Na cobertura de saúde, ocorreu a predominância daqueles pacientes cobertos por planos de saúde com 60% por cento em relação aos que não possuíam plano com 40%. Na análise dos gastos públicos com o tratamento da hepatite C, os pacientes com rendimento de mais de 5 a 10 salários mínimos foram os que tiveram os maiores gastos, correspondendo a 23,45%, seguidos dos pacientes com renda de mais de 3 a 5 salários mínimos, com 23,00%, longe dos 8,95% gastos com os pacientes que ganham até 1 salário mínimo e dos 15,98% gastos com os pacientes que ganham mais de 1 a 2 salários mínimos. A conclusão do estudo mostra que os fatores socioeconômicos interferiram e determinaram iniqüidade no acesso dos pacientes ao tratamento gratuito da hepatite crônica pelo vírus C, o que se refletiu na distribuição dos gastos públicos relativos a este tratamento.
Palavras-chave: Hepatite C
Eqüidade
Acesso aos serviços de saúde
Avaliação socioeconômica em saúde
Gastos públicos em saúde
Sistema de saúde
Equity
Health care utilization
Socioeconomic evaluation in health
Public expenditure on health
Health system
Editora / Evento / Instituição: Universidade Federal da Bahia
URI: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/8332
Data do documento: 2007
Aparece nas coleções:Dissertação de Mestrado Profissional (NPGA)

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