https://repositorio.ufba.br/handle/ri/3744
Tipo: | Livro |
Título: | Do Simbólico ao Racional - Ensaio sobre a Gênese da Mitologia Grega como Introdução à Filosofia |
Autor(es): | Leite, José Lourenço Araújo |
Autor(es): | Leite, José Lourenço Araújo |
Abstract: | O homem de toda época e de toda cultura sempre esteve às voltas com algo que o ultrapassa. Trazer, portanto, o desconhecido para o âmbito da compreensão é tarefa da racionalidade humana. Enquanto isso não ocorre, tudo passa a ser mistério, incógnita, enigma, ausência, ocultamento, noite, escondido, velado, bizarro, indiferença. Mas, muito embora esse desconhecido discorra em sua mudez, até que se possa capturá-lo, o mito sacia o coração humano pela demonstração do mistério em sua linguagem simbólica. Através dela pode-se apreender o inefável e trazê-lo para próximo do intelecto. A tentação será de sempre querer aprisioná-lo como um escravo nas masmorras do castelo da razão. Agrilhoado e a mercê do domínio do conhecimento, o homem tem se dado conta que, mesmo em meio a todas as possibilidades de objetivação do real, algo permanece oculto e indecifrável. Porém, o conforto da falta da presença da totalidade do real é sentido pelo corpo humano que também pode acolher o indescritível. Essa linguagem dos sentimentos, do tato, da dor ou da esperança, pode-se encontrar no mito e em suas narrativas aparentemente absurdas. Daí não se pode entender os mitos ao pé da letra, como se fosse um tratado teórico científico. Toda a linguagem mítica é destituída de objetividade real. As idéias e os conceitos apresentam-se como signos imagísticos da realidade concreta, pretendendo-se sempre revelar algo de outro. Ou seja, o mito é sempre a alegorização do real — quer dizer sempre uma outra coisa. Seu sentido, portanto, está fora dele. Habita em outro lugar onde somente a razão pode encontrá-lo. Esse intento do mito assemelha-se, por sua vez, ao que se produz através da linguagem poética. Mito e Poesia sempre estiveram juntos e permanecerão interdependentes porque um é a fonte onde se bebe o real e o outro é a sua linguagem mais apropriada. Este ensaio, fruto de cursos e mini-cursos ministrados ao longo dos últimos anos para alunos, professores e profissionais de diferentes áreas do conhecimento, reflete, ainda que sumariamente, uma tentativa de resgate do conhecimento mítico como propedêutico da compreensão do mundo em que se vive. |
Palavras-chave: | MITOLOGIA FILOSOFIA |
Editora / Evento / Instituição: | EGBA |
URI: | http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/3744 |
Data do documento: | Ago-2001 |
Aparece nas coleções: | Livro e Capítulo (PPGF) |
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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