Campo DC | Valor | Idioma |
dc.creator | Lima, Morgana Gama de | - |
dc.date.accessioned | 2023-12-04T12:08:45Z | - |
dc.date.available | 2023-12-04T12:08:45Z | - |
dc.date.issued | 2020-07-30 | - |
dc.identifier.citation | LIMA, Morgana Gama de. Griots modernos: por uma compreensão do uso de alegorias como recurso retórico em filmes africanos. 404 fls. 2020. Tese (Doutorado) – Programa de Pós Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2020. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38580 | - |
dc.description.abstract | Among images, stories and memories, there are many ways to narrate African cinemas and
“narrate” their narratives. Taking as a starting point the complex and multiple scenario of films
made by African filmmakers, our thesis looks at the way like these films build their narratives
and, especially, how the presence of allegories can be configured simultaneously as a legacy of
oral narratives and a rhetorical strategy in African film production. Going beyond the concept
of allegory as a figure of speech, our proposal is to understand how its presence in the narrative
provides new arrangements of meaning to the chain of events presented and functions as a
rhetorical resource, by promoting the articulation between different temporalities and
historicities (BENJAMIN, 1984). A way of demonstrating the influence of allegory on the film
narrative, we have analyzed three films made by African filmmakers, from different countries
and generations, that converge by the usage of allegorical constructions in the narrative for two
aspects: the immersion of the director in a scenario crisis and the intermingling of personal and
collective memories in the narrative composition. By associating such aspects, the selected
films are: Soleil Ô (Med Hondo, Mauritania, 1967), Aristotle’s plot (Jean-Pierre Bekolo,
Cameroon, 1996) and República di mininus (Flora Gomes, Guinea-Bissau, 2012). Based on this
corpus, our objective is to observe the extent to which the presence of allegories in films made
by African filmmakers can be considered as an update of oral traditions in cinema. An update
that does not necessarily occur in terms of adapting African tales, but through a kind of mimicry
of “narrative gestures” used by the griot, the great storyteller and memoir keeper in the African
context. Gestures, marked by the use of certain strategies (presentification, repetition,
digression and inversion) that also contribute to the composition of the allegory in the film
narrative. Thus, while recognizing allegory as a possible legacy of oral traditions in African
cinema, we also admit that its occurrence is not a property intrinsic to the film object, but
emerges from a relationship between it and the viewer. Therefore, based on the semio pragmatic model of film analysis (ODIN, 2000), we start from the hypothesis that the presence
of allegories also results by a specific reading mode activated by spectators in relation with
films (allegorizing reading), embodying allegories not as mere figure of language but a agent
of modification in narrative (narrative allegory). Such process while it evidences the opacity
of cinematographic discourse (XAVIER, 2005), also provide the possibility to viewers go
beyond film’s narrative and have a relationship with different levels of temporality and
historicity (GAGNEBIN, 1999) through stories that are performed. Finally, we conclude that
the narratives of the analyzed films, although inspired by events related to the trajectory of their
directors, find in the allegory a way to update the narrative legacy of oral traditions and embody
a specific narrative way in African cinemas which different historical dimensions can be
articulated through filmic narrative. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) | pt_BR |
dc.language | por | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Federal da Bahia | pt_BR |
dc.rights | Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil | * |
dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ | * |
dc.subject | Cinema africano | pt_BR |
dc.subject | Tradição oral | pt_BR |
dc.subject | Linguagem e cultura | pt_BR |
dc.subject | Hondo, Med, 1936-2000 | pt_BR |
dc.subject | Soleil Ô | pt_BR |
dc.subject | Bekolo, Jean Pierre, 1966- | pt_BR |
dc.subject | Aristotle Plot | pt_BR |
dc.subject | Gomes, Flora, 1949- | pt_BR |
dc.subject.other | african cinemas | pt_BR |
dc.subject.other | oral traditions | pt_BR |
dc.subject.other | allegories | pt_BR |
dc.subject.other | histories | pt_BR |
dc.title | Griots modernos: por uma compreensão do uso de alegorias como recurso retórico em filmes africanos | pt_BR |
dc.title.alternative | MODERN GRIOTS: a comprehension about allegorie’s usages like rethorical resource in African film | pt_BR |
dc.title.alternative | LES GRIOTS MODERNES : vers une compréhension de l’usage des allégories comme ressource rhétorique dans les films africains | pt_BR |
dc.title.alternative | GRIOTS MODERNOS: hacia una comprensión del uso de las alegorías como recurso retórico en cines africanos | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas ( POSCOM) | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFBA | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.subject.cnpq | CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO::COMUNICACAO VISUAL | pt_BR |
dc.subject.cnpq | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTES::CINEMA::INTERPRETACAO CINEMATOGRAFICA | pt_BR |
dc.contributor.advisor1 | Serafim, José Francisco | - |
dc.contributor.advisor1Lattes | http://lattes.cnpq.br/3865920667222556 | pt_BR |
dc.contributor.referee1 | Monteiro, Lúcia Ramos | - |
dc.contributor.referee2 | Cunha, Paulo Manuel Ferreira da | - |
dc.contributor.referee3 | Ribeiro, Marcelo Rodrigues Souza | - |
dc.contributor.referee4 | Coelho, Sandra Straccialano | - |
dc.contributor.referee5 | Serafim, José Francisco | - |
dc.creator.ID | https://orcid.org/0000-0002-7589-8332 | pt_BR |
dc.creator.Lattes | http://lattes.cnpq.br/8342509136177925 | pt_BR |
dc.description.resumo | Entre imagens, histórias e memórias são muitas as formas de narrar os cinemas africanos e
“narrar” suas narrativas. Tendo como ponto de partida o complexo e múltiplo cenário de filmes
realizados por cineastas africanos, nossa tese volta o olhar para o modo como esses filmes
constroem suas narrativas e, especialmente, como a presença de alegorias pode se configurar,
simultaneamente, enquanto um legado das narrativas orais e estratégia retórica na produção
fílmica africana. Indo além da concepção de alegoria enquanto figura de linguagem, nossa
proposta é compreender como sua presença na narrativa oferece novos arranjos de sentido à
cadeia de acontecimentos apresentados e funciona como um recurso retórico, ao promover a
articulação entre diferentes temporalidades e historicidades (BENJAMIN, 1984). Como forma
de demonstrar a influência da alegoria sobre a narrativa fílmica, analisamos três filmes,
realizados por cineastas africanos de diferentes países e gerações, mas que convergem pelo uso
de construções alegóricas na narrativa por dois aspectos: a imersão do realizador em um cenário
de crise e o imbricamento entre memórias pessoais e coletivas na composição narrativa. Pela
associação de tais aspectos, os filmes selecionados são: Soleil Ô (Med Hondo, Mauritânia,
1967), Aristotle’s plot (Jean-Pierre Bekolo, Camarões, 1996) e República di mininus (Flora
Gomes, Guiné-Bissau, 2012). Com base nesse corpus, nosso objetivo é observar em que medida
a presença de alegorias em filmes realizados por cineastas africanos pode ser considerada como
uma atualização das tradições orais no cinema. Uma atualização que não se dá necessariamente
em termos de adaptação de contos africanos, mas por uma mimetização de “gestos narrativos”
empregados pelo griot, grande contador de histórias e guardador de memórias no contexto
africano. Gestos, marcados pelo emprego de determinadas estratégias (presentificação,
repetição, digressão e inversão) que contribuem para a composição da alegoria na narrativa
fílmica. Desse modo, ao tempo em que reconhecemos a alegoria como um possível legado das
tradições orais nos cinemas africanos, também admitimos que a sua ocorrência não é uma
propriedade intrínseca ao objeto fílmico, mas emerge de uma relação entre filme e espectador.
Por isso, com base no modelo semiopragmático de análise fílmica (ODIN, 2000), partimos da
hipótese de que a presença da alegoria também é resultante de um modo de leitura específico
acionado pelo espectador em relação ao filme (leitura alegorizante), incorporando a alegoria
não como mera figura de linguagem, mas como agente modificador da narrativa (alegoria
narrativa). Tal processo, na medida em que evidencia a opacidade do discurso cinematográfico
(XAVIER, 2005), também oferece aos espectadores a possibilidade de, para além da narrativa
fílmica, se relacionar com diferentes níveis de temporalidades e historicidades (GAGNEBIN,
1999) através das histórias encenadas. Por fim, concluímos que as narrativas dos filmes
analisados, embora inspiradas em acontecimentos relacionados à trajetória de seus realizadores,
encontram na alegoria uma forma de atualizar o legado narrativo das tradições orais e dar corpo
a um modo de narrar próprio dos cinemas africanos em que diferentes dimensões históricas são
articuladas através da narrativa fílmica. | pt_BR |
dc.publisher.department | Faculdade de Comunicação | pt_BR |
dc.type.degree | Doutorado | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Tese (PÓSCOM)
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