Campo DC | Valor | Idioma |
dc.creator | Santos, Shayana Busson | - |
dc.date.accessioned | 2024-08-28T21:43:56Z | - |
dc.date.available | 2024-08-28T21:43:56Z | - |
dc.date.issued | 2024-07-02 | - |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40027 | - |
dc.description.abstract | This thesis is dedicated to the study of obstetric violence intertwined with the trajectory of medical science in Bahia, from the mid-19th century to the mid-20th century. We approached different narratives by scholars from different areas of knowledge, such as doctors, historians, sociologists and anthropologists, to discuss protocols and transformations in childbirth models. This subject has been investigated in terms of gender, institutional violence, biopower, technocracy, medical practices and patriarchy. By rescuing the history of childbirth in Bahia, we sought to highlight the initial dynamics that propelled Brazil into the world leader in obstetric violence (in 2021, the Dominican Republic overtook Brazil in obstetric violence data). This work therefore maps out the history of the emergence of obstetrics and its "scientific" procedures with women, from the mid-19th century to the mid-20th century in Brazil, with a focus on Bahia. Through bibliographical analysis and primary sources (Theses from the Bahia School of Medicine, Santa Casa Reports, Gazeta Médica Magazine, Bahia Newspapers and the Annual Memorial of the Bahia School of Medicine), we discuss the healing scenario in the West up to Bahia, the different medicinal doctrines, the popular agents of medical healing, the difficulties in the process of institutionalising modern obstetrics and its subsequent rise, the arrival of the "doctor" at the scenes of childbirth, the relationship of dispute between male doctors and midwives, the absence and exclusion of women in science and female medicine, surgical and interventionist procedures against women, the arrival of motherhood, the biomedical discourse on the female body and gender epistemologies. We found that the advent of modern obstetric science, contrary to what the triumphalism of the official history of medicine suggests, is directly related to the emergence of women's resistance movements against obstetric violence from the mid-twentieth century onwards, precisely because of the configuration of changes that, under the aegis of scientific discourse, caused more dissatisfaction and suffering than protection and health for women and their bodies. A critical review of the history of female medical science is thus drawn up, so that the issue of human suffering is not minimised or simplified, and so that we can collaborate in positively changing scientific exercise and practice. | pt_BR |
dc.language | por | pt_BR |
dc.publisher | UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.subject | História da ciência | pt_BR |
dc.subject | medicina | pt_BR |
dc.subject | corpo | pt_BR |
dc.subject | gênero | pt_BR |
dc.subject | violência obstétrica | pt_BR |
dc.subject.other | History of science | pt_BR |
dc.subject.other | medicine | pt_BR |
dc.subject.other | body | pt_BR |
dc.subject.other | gender | pt_BR |
dc.subject.other | obstetric violence | pt_BR |
dc.title | Cíência e violência na história da obstetrícia na Bahia (1850-1940) | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências (PPGEFHC) | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFBA | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.subject.cnpq | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA::HISTORIA DAS CIENCIAS | pt_BR |
dc.contributor.advisor1 | Pinto, Fernanda Rabelo | - |
dc.contributor.advisor2 | Soares, Luiz Carlos | - |
dc.contributor.advisor-co1 | Lima, Indianara Lima | - |
dc.contributor.referee1 | Soares, Luiz Carlos | - |
dc.contributor.referee2 | Silva, Indianara Lima | - |
dc.contributor.referee3 | Sanglard, Gisele Porto | - |
dc.contributor.referee4 | Barreto, Maria Renilza | - |
dc.contributor.referee5 | O’dwyer Junior, Edson | - |
dc.creator.Lattes | http://lattes.cnpq.br/5524274803126391 | pt_BR |
dc.description.resumo | Esta tese dedica-se ao estudo da violência obstétrica a partir da trajetória da ciência médica na Bahia, de meados do século XIX à meados do século XX. Nos aproximamos de diferentes narrativas pontuadas por estudiosos de áreas e saberes diversos como médicos/as, historiadores/as, sociólogos/as e antropólogos/as, para discutir protocolos e transformações dos modelos de partos. Tal assunto remete a investigações sob recorte de gênero, violência institucional, biopoder, tecnocracia, práticas médicas e patriarcado. Buscamos sinalizar, através do resgate da história do parto na Bahia, as dinâmicas iniciais que impulsionaram o Brasil na liderança mundial de violências obstétricas (em 2021 a República Dominicana ultrapassou o Brasil nos dados de violência obstétrica). Este trabalho, portanto, realiza um mapeamento histórico do surgimento da obstetrícia e seus procedimentos “científicos” com as mulheres, desde meados do século XIX até meados do século XX no Brasil, com foco na Bahia. Através de análise bibliográfica e fontes primárias (Teses da Faculdade de Medicina da Bahia, Relatórios da Santa Casa, Revista Gazeta Médica, Jornais da Bahia e Memorial Anual da Faculdade de Medicina da Bahia), discutimos o cenário de cura no Ocidente até a Bahia, as diferentes doutrinas medicinais, os agentes populares de cura médica, as dificuldades do processo de institucionalização da obstetrícia moderna e sua posterior alavancada, a chegada do “doutor” nas cenas de parto, a relação de disputa entre homens médicos e parteiras, a ausência e exclusão de mulheres na ciência e na medicina feminina, os procedimentos cirúrgicos e intervencionistas contra mulheres, a chegada da maternidade, o discurso biomédico sobre o corpo feminino e epistemologias de gênero. Constatamos que o advento da ciência obstétrica moderna, diferente do que sugere o triunfalismo da história oficial da medicina, tem relação direta com o aparecimento de movimentos de resistência feminina contra violência obstétrica, a partir da metade do século XX, justamente pela configuração de mudanças que, sob a égide do discurso científico, provocaram mais insatisfações e sofrimentos do que proteção e saúde às mulheres e seus corpos. Elabora-se, desse modo, um resgate crítico da trajetória da ciência médica feminina, a fim de que não se minimizem ou simplifiquem a questão do sofrimento humano e para que possamos colaborar na mudança positiva do exercício e da prática científica. | pt_BR |
dc.publisher.department | Faculdade de Educação | pt_BR |
dc.type.degree | Doutorado | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Tese (PPGEFHC)
|