https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41805
Tipo: | Tese |
Título: | Mãos de mulheres negras: análise interseccional da política pública de economia solidária da Bahia |
Título(s) alternativo(s): | Hands of black women: intersectional analysis of Bahia’s public policy on the solidarity economy |
Autor(es): | Oliveira, Karine Conceição de |
Primeiro Orientador: | Figueiredo, Angela |
metadata.dc.contributor.referee1: | Figueiredo, Angela |
metadata.dc.contributor.referee2: | Araújo , Edgilson Tavares |
metadata.dc.contributor.referee3: | Soares, Maria Andrea dos Santos |
metadata.dc.contributor.referee4: | Anjos, Eliene |
metadata.dc.contributor.referee5: | Meira, Ludmila |
Resumo: | Apesar de se apresentar como uma alternativa ao modelo tradicional de organização do trabalho e geração de renda, a economia solidária ainda reflete desigualdades de raça, gênero, classe e territorialidade. Mulheres negras são maioria nos empreendimentos solidários, porém enfrentam barreiras no acesso a recursos, espaços de decisão e autonomia financeira, sendo os desafios mais intensos no meio rural, onde há menor infraestrutura e acesso a políticas públicas. Diante desse cenário, esta pesquisa analisa se a política pública de economia solidária da Bahia contribui para a autonomia sociopolítica e financeira dessas mulheres, considerando as diferenças entre os contextos rural e urbano nos Centros Públicos de Economia Solidária (Cesol). A metodologia adotada é qualitativa e documental, e utiliza a interseccionalidade como instrumento teórico-analítico. Foram analisados editais dos Cesols, publicados entre os anos de 2012 e 2022, perfazendo dez anos de execução dos contratos de gestão. A etapa empírica contou 1 grupo focal e 1 entrevista com gestores/as da política, 5 entrevistas semiestruturadas com mulheres negras e a aplicação de 68 questionários com beneficiárias negras, dos quais 50 foram validados. A análise dos dados foi conduzida a partir da Análise de Conteúdo (Bardin, 2020). Os resultados indicam que, embora as mulheres negras sejam maioria nos empreendimentos, sua presença não se traduz em acesso a espaços de decisão, acesso equitativo a financiamento, formação, infraestrutura e distribuição equânime dos recursos disponíveis para a política pública de economia solidária da Bahia. Essa carência afeta de maneira mais intensa as mulheres negras no meio rural, que encontram maiores dificuldades para comercialização e escoamento da produção. Apesar desse cenário, a pesquisa evidencia que as mulheres negras constroem estratégias coletivas de resistência e organização autônoma, promovendo redes de apoio e fortalecimento econômico, ainda que essas práticas emergentes não sejam resultado direto das ações da política pública. |
Abstract: | Although presented as an alternative to the traditional model of work organization and income generation, solidarity economy still reflects structural inequalities of race, gender, class, and territoriality. Black women constitute the majority in solidarity economy enterprises, yet they face persistent barriers to accessing resources, decision-making spaces, and financial autonomy. These challenges are especially acute in rural areas, where infrastructure is limited and access to public policies is more restricted. In this context, this research analyzes whether the public policy of solidarity economy in the state of Bahia contributes to the sociopolitical and financial autonomy of these women, taking into account the differences between rural and urban contexts within the Public Centers for Solidarity Economy (Cesol). The methodological approach is qualitative and document-based, using intersectionality as a theoretical-analytical framework. The study examined Cesol public calls for proposals published between 2012 and 2022, covering ten years of policy implementation under management contracts. The empirical stage included one focus group and one interview with policy managers, five semi-structured interviews with Black women, and the administration of 68 questionnaires to Black female beneficiaries, of which 50 were validated. Data analysis was conducted through Content Analysis (Bardin, 2020). The findings indicate that, although Black women are the majority within the enterprises, their participation does not translate into access to decision-making spaces, equitable access to funding, training opportunities, infrastructure, or fair distribution of resources allocated to the solidarity economy policy in Bahia. This lack of access is even more pronounced in rural areas, where Black women face greater challenges in marketing and distributing their products. Despite this scenario, the research reveals that Black women develop collective strategies of resistance and autonomous organization, fostering support networks and economic strengthening—although these emerging practices are not direct outcomes of the public policy actions. |
Palavras-chave: | Economia Solidária Interseccionalidade Políticas Públicas Mulheres Negras Teoria da Ação Pública |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editora / Evento / Instituição: | UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA |
Sigla da Instituição: | UFBA |
metadata.dc.publisher.department: | Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH) |
metadata.dc.publisher.program: | Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos (PÓS-AFRO) |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41805 |
Data do documento: | 2-Abr-2025 |
Aparece nas coleções: | Tese (PÓS-AFRO) |
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Tese _ Mãos de mulheres negras _ análise interseccional da política pública de economia solidária da Bahia.pdf | 1,74 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.