https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40743
Tipo: | Tese |
Título: | Paisagens das (in)justiças nos parques eólicos do estado da Bahia. |
Título(s) alternativo(s): | Landscapes of (in)justice in wind farms in the state of Bahia. |
Autor(es): | Rêgo, Geovana Freitas Paim |
Primeiro Orientador: | Fonseca, Antonio Angelo Martins da |
metadata.dc.contributor.referee1: | Fonseca, Antonio Angelo Martins da |
metadata.dc.contributor.referee2: | Delgado, Juan Pedro Moreno |
metadata.dc.contributor.referee3: | Tomasoni, Marco Antonio |
metadata.dc.contributor.referee4: | Verdum, Roberto |
metadata.dc.contributor.referee5: | Pereira, Sofia Rebouças Neta |
Resumo: | Esta pesquisa debate a produção de paisagens transformadas pela inserção de parques eólicos. A energia eólica é crescente no Brasil, em especial na Bahia, ocupando as vastas serras em diversas regiões do estado. Para analisá-los, utilizou-se o campo teórico da Justiça na Paisagem, definida aqui como resultado das Práticas Espaciais que, por sua vez, são ações implementadas pelo estado ou por organizações, que provocam mudanças e rupturas nas estruturas físicas e sociais da paisagem, e que podem ser acompanhadas de (in)justiças em várias escalas. Tendo o método dialético como proposta, utilizou-se diversos procedimentos metodológicos: dinâmica de grupos, pesquisa documental, trabalho de campo, entrevistas e Análise Hierárquica de Processos. Usando a paisagem como a lente certa para a compreensão de Justiça, esta tese traz como objetivo principal analisar a relação entre as Práticas Espaciais dos parques eólicos e a Justiça na Paisagem. Os resultados obtidos no primeiro capítulo, que trata sobre Justiça, versam sobre como as experiências com a escala local são diminutas e, por isso, têm-se muito mais a produção de paisagens injustas do que justas. No capítulo seguinte, serras de Morro do Chapéu e Sobradinho, ambas na Bahia, foram utilizadas como objetos empíricos para mostrar o desenvolvimento da energia eólica. No terceiro capítulo, levantou-se as práticas espaciais empregadas para a conquista da paisagem, mostrando que a refuncionalização imposta nesta, está amparada por um Sistema Visível e um Invisível cujos aerogeradores são representantes destacáveis do Visível e os marcos regulatórios representam muito bem o Sistema Invisível. Foi possível detectar cinco Práticas Espaciais principais: Seletividade, Antecipação, Fragmentação, Reprodução e Marginalização. No quarto capítulo, confirmou-se que a construção de uma paisagem eólica é uma conjuntura na qual o conteúdo da própria paisagem dirige o processo. O vento não é o único fator de interesse, mas sim outros de ordem Física, Socioeconômica, de Governança e relacionados à Cultura que dirigem a conquista e a transformação destas paisagens. No quinto e último capítulo, é mostrado que a criação de uma paisagem injusta possui cinco faces de opressão que se associam às Práticas Espaciais engendradas pelas empresas eólicas e que resultam no estabelecimento de injustiças na paisagem. Conclui-se que a paisagem é o reflexo das ações conduzidas pelos agentes transformadores de maneira pouco participativa e que a Justiça na Paisagem é o resultado das Práticas Espaciais. |
Abstract: | This research discusses the production of landscapes transformed by the insertion of wind farms. Wind energy is growing in Brazil, especially in Bahia, occupying the vast mountain ranges in various regions of the state. To analyses them, we used the theoretical field of Landscape Justice, defined here as the result of spatial practices, which in turn are actions implemented by the state or by organizations, which cause changes and ruptures in the physical and social structures of the landscape, and which can be accompanied by (in)justice on various scales. With the dialectical method as a proposal, various methodological procedures were used: group dynamics, documentary research, fieldwork, interviews and Hierarchical Process Analysis. Using landscape as the right lens for understanding justice, the main objective of this thesis is to analyze the relationship between the spatial practices of wind farms and justice in the landscape. The results obtained in the chapter on Justice show how little experience there is with the local scale, which is why we produce unjust landscapes rather than just ones. In the next chapter, the mountains of Morro do Chapéu and Sobradinho, both in Bahia, were used as empirical objects to show the development of wind energy. The third chapter looked at the spatial practices used to conquer the landscape, showing that the refunctionalization imposed on the landscape is supported by a visible and invisible system, whose wind turbines are outstanding representatives of the visible system and the regulatory frameworks represent the invisible system very well. It was possible to detect five main practices: Selectivity, Anticipation, Fragmentation, Reproduction and Marginalization. In the fourth chapter, it was confirmed that the construction of a wind landscape is a conjuncture, in which the content of the landscape itself directs the process. Wind is not the only factor of interest, but other socio-economic, governance and cultural factors drive the conquest and transformation of these landscapes. The fifth and final chapter shows that the creation of an unjust landscape has five faces of oppression, which are associated with the spatial practices engendered by wind companies and which result in the establishment of injustices in the landscape. The conclusion is that the Landscape is a reflection of the actions carried out by the transforming agents in a non-participatory manner and that Justice in the Landscape is the result of spatial practices. |
Palavras-chave: | Energia eólica Justiça na paisagem Paisagem Práticas espaciais |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editora / Evento / Instituição: | Universidade Federal da Bahia |
Sigla da Instituição: | UFBA |
metadata.dc.publisher.department: | Instituto de Geociências |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGEO) |
Citação: | RÊGO, Geovana Freitas Paim. Paisagens das (in)justiças nos parques eólicos do estado da Bahia. 2024. 192 f. Tese (Doutorado em Geografia) - Instituto de Geografia, Universidade Federal da Bahia, Salvador (Bahia), 2024. |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40743 |
Data do documento: | 1-Nov-2024 |
Aparece nas coleções: | Tese (POSGEO) |
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
TESE_GEOVANA_PAIM_VERSÃO_FINAL_22-11-24.pdf | 12,35 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.